Ana Paula ressalta o papel da educação no combate ao racismo em Barretos

“Tenho muito orgulho da educação estadual e dos professores da educação municipal.” A frase é da professora historiadora e ativista social Ana Paula Ferreira que abordou os desafios do racismo e destacou o papel da educação no combate à desigualdade racial em Barretos.

Ana Paula foi entrevistada por Raphael Dutra no Programa Café com Prosa e elogiou a atuação dos professores e os projetos antirracistas da rede estadual de ensino. “A educação estadual tem projetos antirracistas muito engajados, que abrem a mente dos professores. O município precisa de algo semelhante ou até copiar esse modelo, porque o que é bom deve ser copiado”, afirmou Ana.

LEIA TAMBÉM:

• Vereador Bodinho pressiona por reparos urgentes na Praça Francisco Barreto
• SESI Barretos abre mais de 170 vagas gratuitas para aulas de esportes
• Vereador questiona Prefeitura sobre possibilidade de reposição salarial para professores

A ativista também lembrou do impacto positivo da Casa Afro em Barretos. “Com a Casa Afro, fizemos projetos como o Orgulho Crespo, que atendeu mais de 3.500 alunos. Era um espaço de troca e aprendizado, onde os alunos conheciam grandes personalidades negras e se reconheciam nessas histórias”, destacou.

Para Ana, o racismo na escola é um problema que afeta não só os alunos, mas também o ambiente de ensino. “Hoje, não são todos os alunos que ficam quietos quando sofrem xingamentos racistas. Isso cria instabilidade na sala de aula, e os professores procuram soluções”, disse.

Ela também apresentou a “pretagogia”, uma abordagem educacional baseada no acolhimento e na horizontalidade entre professores e alunos. “É diferente da pedagogia tradicional. Trabalhamos de forma circular, onde o professor traz o saber do aluno para o currículo e promove uma educação comunitária, na qual todos são responsáveis”, explicou Ana.