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Após experiência do coma, jovem decide cursar enfermagem e passa a trabalha no hospital em que ficou internada
A Santa Casa de Misericórdia de Barretos entrou na história de vida de Laura Cristina de Oliveira Rodrigues há cinco anos, quando ela ficou em coma por um mês devido à diabetes tipo 1, aos 18 anos de idade. Hoje, bem de saúde, a moça recém contratada pelo hospital, como auxiliar de farmácia, conta que durante sua internação recebeu tantos cuidados e carinho dos enfermeiros e enfermeiras, que começou a entender a importância destes profissionais da saúde na recuperação de um paciente, por isso, escolheu cursar a faculdade de enfermagem, na qual ingressa em 2025.
“Tenho até hoje amizades com algumas enfermeiras que me deram um bom atendimento e tratamento durante e após o coma. Também estou feliz por recentemente ter sido contratada pelo hospital, como auxiliar de farmácia. Mas o meu objetivo é o de estudar, me formar e continuar trabalhando aqui, e daqui a alguns anos, já como enfermeira”, explica a ex-paciente e colaboradora da Santa Casa.
Laura conta que “em uma manhã de dezembro de 2019, acordei estranha, sem conseguir mexer as pernas e sentindo um peso na cabeça. Me levaram rapidamente até a UPA, lá eu desmaiei e quando acordei estava na Santa Casa e já era início do mês de janeiro de 2020, aí que entendi que fiquei um mês em coma. Horas depois e acordar ainda tive uma parada respiratória, fui entubada, e voltei à consciência dias depois. Ainda internada, em tratamento no hospital, tomando muitos medicamentos, não conseguia falar, a cetoacidose diabética provocou essa paralisia temporária, não mexia nada do pescoço para baixo. Mas, com o tempo, movimentos aos poucos voltaram, fiz fisioterapia e hoje levo uma vida normal. Sou muito grata à minha mãe por ter estado o tempo todo ao meu lado e a alguns profissionais de saúde que fizeram a diferença na minha recuperação”, diz.
Laura tem diabetes tipo 1, uma doença caracterizada por problemas na produção ou na absorção da insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda o corpo nos processos de quebra da glicose para permitir que a energia mantenha o organismo funcionando. Geralmente, o tipo 1 surge na infância ou na adolescência, mas a doença pode ser diagnosticada também em adultos.
Sem o trabalho correto da insulina e com a elevação da glicose no sangue, a doença traz diversas consequências, no caso específico de Laura, há cinco anos ela teve a chamada cetoacidose diabética, uma complicação aguda da doença que ocorre principalmente no diabetes mellitus tipo 1, por conta dos níveis elevados de glicose, cetonas e ácido. Sem tratamento, a cetoacidose diabética pode evoluir para coma e morte. Apesar de chegar já em coma na Santa Casa de Misericórdia de Barretos, Laura Cristina de Oliveira Rodrigues recebeu tratamento médico adequado, permaneceu na UTI por um mês e duas semanas, e pode, após à alta, sonhar com a faculdade de enfermagem, que vira realidade a partir do próximo ano.
A dra. Renata Tomasetti Marcondes Guimarães, coordenadora da clínica médica e do serviço de geriatria da Santa Casa de Barretos, enfatiza que o hospital prioriza o bem-estar do paciente, desde da chegada até a alta hospitalar. “A Santa Casa oferece assistência de qualidade aos pacientes e suas famílias, desde a admissão até o seguimento pós alta. A instituição dispõe de equipe médica e estrutura de equipe multidisciplinar especializada, contando com exames complementares e insumos necessários para um tratamento de qualidade”, explicou a médica.
Ainda de acordo com dra. Renata, “para muitos, a estadia hospitalar é uma jornada desafiadora, mas também pode ser um período de aprendizado e crescimento pessoal”.