Onde a verdade encontra a democracia.
DESDE 2015

Elisete Tedesco defende preservação da história e patrimônio de Barretos

 Elisete Tedesco defende preservação da história e patrimônio de Barretos

A historiadora e Cidadã Honorária de Barretos, Elisete Greve Tedesco, foi convidada do programa Prosa com Dutra para falar sobre os 171 anos do município. Apaixonada pela cidade e pesquisadora de sua história, Elisete fez um apelo importante, para que a população e o poder público valorizem a memória barretense e cuidem melhor do patrimônio arquitetônico e cultural.

As origens de Barretos
Elisete começou relembrando a origem de Barretos, explicando que o município nasceu no século XIX a partir da chegada das famílias Barreto e Marques, que se estabeleceram na região para criação e engorda de gado. Segundo a historiadora, a doação de terras ao Divino Espírito Santo foi um marco para o surgimento da povoação e, posteriormente, da paróquia que deu identidade à cidade. “A vinda das famílias Barreto e Marques foi fundamental. Elas chegaram aqui com o objetivo de criação e engorda de gado, aproveitando as pastagens de excelente qualidade. E foi a doação de terras ao Divino Espírito Santo que deu origem à povoação e, depois, à paróquia”, explicou.

Patrimônio histórico em risco
A historiadora também destacou que preservar o patrimônio histórico é essencial para que Barretos mantenha viva sua identidade. Ela lamentou que casarões e prédios importantes venham sendo demolidos ou descaracterizados ao longo dos anos. “É doloroso ver casarões centenários sendo derrubados ou modificados em nome da modernidade. Perder um patrimônio é perder uma parte da nossa história”, afirmou.

A importância do Recinto Paulo de Lima Corrêa
Outro ponto abordado foi o Recinto Paulo de Lima Corrêa, local onde a Festa do Peão teve início. Elisete lembrou que o espaço foi tombado como patrimônio histórico graças ao trabalho de um grupo de preservacionistas do qual ela fez parte, mas alertou para a necessidade de revitalização. “Se Barretos tem o nome que tem hoje, precisa olhar para trás. O Recinto é um espaço histórico que precisa ser recuperado e respeitado. É um dos símbolos da nossa identidade cultural”, ressaltou.

Parque do Peão e relevância nacional
Ela mencionou ainda o Parque do Peão, projetado por Oscar Niemeyer, lembrando que a obra tem relevância nacional e deve ser motivo de orgulho para os barretenses. Para a historiadora, tanto o Parque quanto os outros patrimônios podem ser explorados como atrativos turísticos e educativos.

Chamado para o futuro
Encerrando sua participação, Elisete fez um chamado para que a cidade invista em cultura e na criação de novos espaços de memória, para que futuras gerações possam conhecer e valorizar suas raízes. “Precisamos transformar nossos casarões, museus e prédios históricos em centros de cultura e turismo. É uma forma de educar as novas gerações e manter viva a história de Barretos”, concluiu.

ASSISTA A ENTREVISTA AQUI

Igor Sorente

Relacionado

Ops, você não pode copiar isto!