UNIFEB leva estudantes de Medicina Veterinária para experiência prática na Festa do Peão de Barretos
Osteoporose e sarcopenia: O casamento perigoso que rouba a sua independência


Você já parou para pensar que a sua maior riqueza não é a conta bancária, mas a capacidade de levantar sozinho da cadeira, caminhar sem ajuda e ter força para segurar seu neto no colo? Pois é. A independência física é o verdadeiro patrimônio. E existe um casal traiçoeiro, silencioso, que trabalha junto para roubar isso de você: osteoporose e sarcopenia.
A osteoporose é a perda da densidade óssea. Os ossos ficam frágeis como vidro. Já a sarcopenia é a perda de massa e força muscular. Sozinha, cada uma já é devastadora. Mas quando andam de mãos dadas, formam a dupla que mais empurra idosos — e até adultos jovens desatentos — para quedas, fraturas e longas internações hospitalares.
Imagine a cena: ossos fracos como galho seco e músculos fracos como elástico frouxo. Caiu? Quebrou. Quebrou? Ficou acamado. Ficou acamado? Perdeu mais músculo. Um ciclo cruel, silencioso, que destrói autonomia e qualidade de vida.
Agora, a boa notícia: isso é evitável. Não com remédio milagroso. Não com fórmula mágica. Mas com aquilo que a ciência já grita e que muitos ainda ignoram: exercício físico regular e alimentação correta.
- Treino de força não é luxo de academia, é remédio. É no agachamento, na puxada, no supino, que você manda um recado claro para o seu corpo: “construa músculo, fortaleça os ossos”.
- Proteína não é moda, é tijolo. Quem come pouco proteína está construindo sua casa com areia. É impossível sustentar músculos e ossos sem os tijolos certos.
- Vitamina D e sol são combustíveis. Ossos e músculos não crescem sem essa energia natural.
- Sono é obra invisível. É no descanso que o corpo reconstrói tudo que você estimula durante o dia.
Eu repito sempre: não espere a dor bater na porta. Osteoporose e sarcopenia são doenças silenciosas, mas o estrago que causam é barulhento. É a diferença entre envelhecer com dignidade ou envelhecer acamado.
Você tem duas escolhas: ou treina hoje e conquista independência amanhã, ou ignora e paga a conta no futuro, com juros altos em forma de quedas, fraturas e dependência.
A pergunta é simples e direta: quer ser lembrado como alguém que viveu de pé ou como alguém que terminou a vida deitado?
Yuri de Santis é fisioterapeuta (CREFITO-3 240236-F)

