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Surto de sarampo na Bolívia já reflete no Brasil com 22 casos e aumenta alerta na volta às aulas

 Surto de sarampo na Bolívia já reflete no Brasil com 22 casos e aumenta alerta na volta às aulas

Dra. Lilian Zaboto reforça que a vacina é a melhor prevenção.

O surto de sarampo que atinge a Bolívia, com 148 casos confirmados e mais de 1.300 em investigação, já tem reflexos no Brasil. O Ministério da Saúde confirmou 22 casos da doença em 2025, alguns deles associados a viagens ou ao contato com pessoas infectadas no país vizinho. A proximidade das fronteiras e o aumento da circulação de pessoas elevam o risco de transmissão, especialmente neste período de volta às aulas presenciais.

Doenças respiratórias em alta no inverno

Além do sarampo, o inverno traz crescimento de casos de influenza, coronavírus e vírus sincicial respiratório (VSR). Segundo o boletim InfoGripe da Fiocruz, há aumento de registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, justamente a faixa etária que retorna agora às escolas.

Vacinação abaixo da meta

A cobertura vacinal contra o sarampo no Brasil segue aquém do ideal. A primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) atinge 87% do público-alvo, enquanto a segunda dose chega a apenas 64%, índice considerado insuficiente pela Organização Mundial da Saúde.

Em São Paulo, os números são mais positivos: a primeira dose ultrapassa 101% e a segunda alcança quase 96%, resultado de campanhas intensificadas nos últimos anos.

Especialistas alertam

“O retorno às aulas representa um momento crítico para a disseminação de doenças contagiosas, especialmente em ambientes fechados e pouco ventilados. O surto na Bolívia mostra que o risco de reintrodução do sarampo no Brasil é real. A vacinação é a ferramenta mais eficaz para proteger as crianças e evitar a propagação da doença”, explica a pediatra Dra. Lilian Zaboto.

A médica também reforça a importância de manter em dia a imunização contra gripe e Covid-19.
“Estamos no inverno, quando o frio favorece a circulação de vírus. Medidas simples, como higienizar as mãos com frequência e manter os ambientes ventilados, também ajudam a reduzir os riscos. É responsabilidade das famílias e das escolas garantir que todos estejam protegidos e seguros nas aulas”, acrescenta.

Cuidados essenciais para esta volta às aulas

  • Atualizar a carteira vacinal de crianças e adolescentes, especialmente tríplice viral, influenza e Covid-19.
  • Observar sinais como febre, tosse persistente e manchas vermelhas, afastando a criança da escola até avaliação médica.
  • Incentivar a higienização frequente das mãos.
  • Garantir ventilação adequada nas salas de aula e proteção contra o frio.

Com a combinação de vacinação ampla e medidas preventivas, especialistas afirmam que é possível reduzir o risco de surtos e proteger a saúde dos estudantes neste inverno.

Igor Sorente

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