Câmara de Barretos aprova aumento para vereadores, que receberão R$ 11,7 mil, enquanto Araçatuba mantém subsídio em R$ 6,5 mil

 Câmara de Barretos aprova aumento para vereadores, que receberão R$ 11,7 mil, enquanto Araçatuba mantém subsídio em R$ 6,5 mil

Fachada da Câmara Municipal de Barretos

Em uma decisão que chama a atenção, a Câmara Municipal de Barretos aprovou no dia 16 de fevereiro, o aumento nos subsídios dos vereadores para a legislatura de 2025 a 2028, fixando os salários em impressionantes R$ 11.751,85. A medida, que entra em vigor no próximo ano, representa um aumento considerável para os parlamentares da cidade, que terão salários quase o dobro dos seus colegas de Araçatuba, cidade vizinha com uma população bem maior.

Enquanto Barretos, com 126.600 habitantes, de acordo com o IBGE, decide pagar R$ 11.751,85 mensais aos seus vereadores, a cidade de Araçatuba, que possui de 200.124 habitantes, manteve os subsídios em R$ 6.502,25. A decisão da Câmara de Araçatuba foi tomada de forma unânime e sem grandes alarde, proposto pela Comissão de Finanças e Orçamento, foi aprovado por unanimidade durante a Ordem do Dia da 35ª Sessão Ordinária do ano, realizada na noite de 4 de novembro. O destacando-se pela cautela e prudência em um cenário de economia apertada, com um foco claro no uso responsável dos recursos públicos.

Em Barretos, no entanto, a justificativa para o aumento substancial nos salários parece ignorar a realidade da cidade, que, apesar de ser menor que Araçatuba, não apresenta dados econômicos que justifiquem uma disparidade tão grande entre os valores pagos aos vereadores das duas cidades. O aumento aprovado em Barretos é uma clara demonstração de que, enquanto a população sente no bolso os reflexos da crise econômica e dos impostos altos, os vereadores da cidade parecem não hesitar em aumentar seus próprios rendimentos.

A escolha de Araçatuba, ao manter os salários dos vereadores estáveis, soa como uma postura mais responsável, levando em consideração as necessidades reais da população e a responsabilidade fiscal. Já Barretos, com sua decisão de elevar os subsídios, pode ser vista como uma cidade onde as prioridades parecem estar fora de lugar, ignorando que o bom exemplo de gestão pública passa também pelo cuidado com o uso do dinheiro dos contribuintes.

Na época da aprovação, o presidente da Câmara, Luis Paulo Vieira (Lupa), explicou ao Jornal de Barretos, que o ajuste para vereadores, prefeito, vice e secretários municipais foi apenas uma reposição inflacionária, sem aumento real. ‘Os subsídios do prefeito, vice, secretários e chefe de gabinete estavam defasados há cinco anos, ou seja, estavam congelados. Os dos vereadores, ainda há mais tempo, há 10 anos. Não foi concedido aumento, apenas uma reposição da inflação no período’, afirmou Vieira.”

Redação

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