Melatonina: como o hormônio do sono pode ser eficaz na luta contra o câncer

 Melatonina: como o hormônio do sono pode ser eficaz na luta contra o câncer

Dr. Jorge Rezeck

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Dados estatísticos do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que, em 2020, foram diagnosticados 626.030 novos casos de câncer no Brasil em homens e mulheres, sendo que 309.750 atingiram pessoas do sexo masculino e 316.280 atingiram pessoas do sexo feminino.

Entre os homens, os três tipos de câncer mais comuns são Próstata (65.840), Cólon e Reto (25.540) e Traqueia, Brônquio e Pulmão (17.760). Para as mulheres, as estatísticas comprovam que o Câncer de Mama é o que mais as atinge (66.280), seguido por Cólon e Reto (20.470) e Colo do Útero (16.710).

Essas estatísticas são divulgadas para o planejamento das Ações de Vigilância do Câncer, para que sejam tomadas medidas eficientes e efetivas dos programas de prevenção e controle de câncer no país.

Somam-se a esse planejamento diversos estudos para a descoberta de substâncias que possam tratar o câncer de maneira mais eficaz, aumentando a sobrevida dos pacientes e conferindo-lhes uma melhor qualidade de vida durante o tratamento.

A melatonina é muito conhecida por seus benefícios em relação a melhor qualidade do sono, além de possuir uma considerável atividade antioxidante. Porém, novos estudos colocam essa molécula bioativa em destaque por apresentar importantes propriedades anticancerígenas.

Explicando cientificamente, a melatonina atua na prevenção da divisão celular e da formação de novos vasos sanguíneos que nutrem o câncer.

Alguns estudos demonstram que a melatonina pode retardar a progressão do câncer, desde o início até o ciclo tumoral da metástase e ainda, dependendo do tipo de tumor e da dose, se de forma isolada ou em conjunto com outras drogas utilizadas na quimioterapia, o hormônio do sono tem potencial para prevenir o aparecimento de tumores e capacidade terapêutica para retardar a progressão maligna e a disseminação metastática.

São experimentos e por isso um longo caminho ainda precisa ser percorrido para que dados mais precisos sejam divulgados. Porém, essas pesquisas acendem uma esperança para quem enfrenta a dura batalha pela vida contra o câncer.

Dr. Jorge Rezeck
Médico no Hospital São Jorge e Clínica Unique.
Membro titular da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

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Redação

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