Marcas do atraso

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A cada dois anos, vamos às urnas para votar em nossos representantes. Nesse ato de cidadania, percebe-se que determinados candidatos aos cargos públicos tratam os eleitores como clientes, praticando a política de troca de favores, também chamada de clientelismo.

Quando nos referimos à prática clientelista, temos que considerar fatores sociais e econômicos, além de políticas, ou seja, somos uma nação com acentuada desigualdade econômica, fazendo com que os cidadãos usem o voto como mercadoria para benefício próprio e não para representar os seus desejos coletivos.

Já virou rotina ligar a televisão e receber a notícia de que mais um político está sendo acusado de corrupção. Todos esses acontecimentos vão gerando no povo um sentimento de inutilidade, porque elege pessoas para representá-lo que acabam utilizando a máquina pública para enriquecimento ilícito, troca de favores, dossiês e tráfico de influência, tirando a legitimidade do seu instrumento de poder, que é o voto, e do Estado, logo não vê fundamentos para praticar a cidadania, já que, nessas condições, serviria apenas para fazer um “rodízio de ladrões nos cargos do poder público”.

Embora a Lei 9840/99 defina que o crime da compra de voto, também chamada de captação de sufrágio, resulta em multa, perda de mandato e cassação do registro do candidato às eleições, a sua aplicação depende da conscientização política do povo para denunciar esses infratores. Se os eleitores quando recebessem uma proposta de compra do seu voto, ao invés de aceitá-la, denunciassem, a política seria mais íntegra e preocupada com os desejos coletivos da população.

Quando o povo perceber que utilizando o seu voto como mercadoria de troca o torna responsável pela má utilização do dinheiro público e tiver uma consciência política voltada para os interesses coletivos, só assim o país terá representantes preocupados em realizar ações que beneficiam a população.

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Redação

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