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Frankenstein: o clássico que revela que o verdadeiro monstro pode ser humano

 Frankenstein: o clássico que revela que o verdadeiro monstro pode ser humano

“Frankenstein ou o Prometeu Moderno”, de Mary Shelley, é muito mais que uma história de terror gótico — é uma reflexão profunda sobre a criação, a responsabilidade e a solidão. Publicado em 1818, o livro antecipa discussões filosóficas e éticas que permanecem atuais, como os limites da ciência e as consequências da busca humana por poder divino. Shelley constrói uma narrativa em que o verdadeiro horror não está na criatura, mas no criador que se recusa a assumir o peso de seus atos.

A passagem em que o monstro declara: “Lembra-te que fui criado por ti. Eu deveria ser o teu Adão, puro, amado e feliz; mas sou, antes, o anjo caído, aquele que expulsaste. Até Satanás tinha seus companheiros, seus demônios que o admiravam e o encorajavam; mas eu estou sozinho”, sintetiza a tragédia da obra. A criatura, rejeitada por todos, busca amor e compreensão, mas encontra apenas repulsa — tornando-se um espelho da própria humanidade que o criou.

O contraste entre a aparência grotesca e a sensibilidade profunda do monstro faz de Frankenstein um dos livros mais complexos da literatura mundial. Ele questiona o que nos torna humanos e mostra que o verdadeiro monstro pode ser aquele que, em nome da razão e do progresso, esquece a empatia.

Ficha técnica

Título: Frankenstein ou o Prometeu Moderno
Autora: Mary Shelley
Título original: Frankenstein; or, The Modern Prometheus
Editora: Companhia das Letras, 424 páginas

Onde comprar

Versão física: EdiPro por cerca de R$ 51,90
Versão física: Carrefour por cerca de R$ 19,38 para edição mais simples
Ebook: Skeelo por R$ 29,99

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