Analfabeto, aposentado lança livro sobre suas memórias

 Analfabeto, aposentado lança livro sobre suas memórias
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Analfabeto e com muitas histórias, o aposentado Henrique Dalkirane, tem 82 anos de vida e muito que contar. Realizou um sonho ano passado, com a publicação do livro que conta estórias, intercalada com sua vida nas fazendas e na cidade. 

O sucesso resultou no livro “Histórias e Estórias de Henrique Dalkirane: A trajetória de um analfabeto inteligente”. A primeira edição teve 100 exemplares e foi custeado por um de seus filhos. Sem editora, o livro está esgotado e foi distribuído para personalidades e amigos. Sonha que seu livro possa ocupar as prateleiras das escolas do município. 

Nascido em Guaíra (SP) onde morou até 1955, Dalkirane foi trabalhar na Fazenda Pindorama. Depois, percorreu o país pela Aço Villares (hoje, Villares Metals) trabalhando em 147 fazendas na função de operador de máquinas. Conheceu os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Em 1967 se mudou com sua esposa para uma casa na Vila Nogueira, em Barretos, local que vive até hoje. 

Aposentado desde 1990 relata que desenvolveu o ofício da carpintaria e construiu o madeiramento da piscina do Edifício Belvedere. 


Inspiração

Em um canto no alpendre, ao lado do rádio seu inseparável companheiro, pega a caneta e começa a escrever. “Eu nunca pensei em escrever nada. Um dia minha nora falou para eu escrever um livro. O primeiro caderno que escrevi, passei para ela digitar.” – relata. 

Considera-se um memorialista, contando histórias de Barretos e da Vila Nogueira. Tem também estórias, quando narra a morte da mulher do presidente Lula, Marisa Letícia e da sua esposa e ocupam sete páginas do livro. Ambas morreram com aneurisma.

Para o segundo livro, diz que tem três cadernos e vai render pelo menos 130 páginas. 


Sertanejo

Dalkirane diz que sempre gostou de escutar o rádio. Tem preferência pelo noticiário e músicas sertanejas. Cantou na Rádio Barretos com o Álvaro. A dupla se chamava Tito & Titi, nome dado pelo Elpídio Medeiros, na década de 1960. Afirma que parou de cantar por conta da emoção que tomava conta de si, dependendo a letra. Cantava Zico & Zeca, Tonico & Tinoco, Zigo & Zago. 


Mais livros

O escritor espera encontrar um patrocinador ou financiamento para publicar a segunda edição e também o segundo livro.

Fonte: Igor Sorente e Aquino José/ Seven Press

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Redação

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