Professores da rede estadual poderão suspender aulas dia 22
Os professores paulistas aprovaram uma campanha de mobilização com indicativo de greve para o dia 22 de setembro, quando será realizada uma nova assembleia. Sem reajuste há 25 meses, eles contestam também a possibilidade de reforma da Previdência, como vem sinalizando o presidente interino Michel Temer (PMDB).
“Eu acredito que a greve será inevitável”, disse a presidente da APEOESP (Sindicato dos Professores no Ensino Oficial / SP), Maria Izabel Azevedo Noronha. “Nós não temos nada na mesa e não vamos aceitar um novo zero de reajuste.” – completa. No ano passado, os professores mantiveram 92 dias de greve, mesmo sofrendo cortes de salário.
Até agora, nenhuma negociação efetiva vem ocorrendo entre professores e a Secretaria Estadual da Educação. “Eles agora argumentam que é preciso esperar a renegociação das dívidas dos estados, que tramita no Congresso Nacional. Toda hora tem uma desculpa diferente e o nosso salário vai sendo arrochado.” – disse a sindicalista.
Os professores reivindicam reajuste de 16,6%, para recompor apenas a perda inflacionária dos últimos dois anos, e a efetivação da meta 17 do Plano Estadual da Educação, que trata da equiparação dos vencimentos dos docentes às demais categorias que têm formação universitária.