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Barretense não tem um minuto de paz

 Barretense não tem um minuto de paz
  • Túlio Guitarrari é filósofo, técnico contábil, jornalista e pós-graduado em Ciência Política e Teologia.

Barretense não tem um minuto de paz. Nesta quarta-feira (5/11), todos estavam ansiosos por um pouco mais de chuva — torcendo, é claro, para que fosse mais mansa. Mas torcendo por chuva. E eis que vem aquele vento de poeira e leva a chuva embora.

Com a chuva que caiu no domingo e o tempo ainda meio úmido, como se formou tanta poeira? Talvez, se a chuva tivesse vindo um pouquinho antes, não teríamos enfrentado toda aquela nuvem marrom. Mas em Barretos é assim: quando o vento de poeira não leva a chuva embora, é a chuva que leva o asfalto. Fica difícil!

Nem vou perder tempo criticando a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). Em Barretos, CPFL significa: Choveu, Pronto! Faltou Luz!

Ventou tanta poeira que a água, em parte do Derby Clube, Maria Caput e também no bairro onde moro — esquecido pela atual gestão —, o Miguel J. Naben, conhecido como Comerciários, está novamente amarronzada. Deve ter entrado poeira na tubulação. Embora, para ser justo, a água já estava assim há uns dois dias antes da ventarola de ontem. E no seu bairro, como está a água?

Seguindo: nem precisa chover tanto para que, em Barretos, se formem verdadeiras crateras no asfalto. Moro na cidade há 12 anos e são 12 anos rezando para não cair em algum buraco. Serviço e mais serviço malfeito. Não é a chuva que abre buraco — é o serviço malfeito. Material de péssima qualidade, prestação de serviço pior ainda.

Quer um exemplo? Quantas vezes o cruzamento da Avenida 23 com a Rua 30 já foi refeito? Ali, na esquina da Santa Casa — saída de ambulâncias que, muitas vezes, precisa de fluxo rápido.

As árvores que caem a cada novo vendaval são outro problema. Entra administração, sai administração, e ninguém — repito: ninguém — toma uma providência para analisar a arborização da cidade. É preciso verificar as árvores em estado crítico, fazer podas adequadas e plantar novas mudas. Mas ninguém faz.

Quando uma árvore cai e causa transtornos — e quase todas causam —, surgem os discursos: “Eu vou resolver”. Resolve? Até agora, nada!

Há quem diga que reclamo demais. Mas estou mentindo? Quem fala a verdade merece castigo? Também há quem diga que só reclamo e não aponto soluções. Essa fala só demonstra duas coisas: ou falta preparo às pessoas que dizem isso e ocupam cargos que não deveriam ocupar, ou falta caráter — por preferirem criticar quem aponta o problema, em vez de resolvê-lo.

Basta prestar atenção e ter um pouco de boa vontade — ou caráter — para perceber que, sim, eu aponto soluções. Neste artigo, por exemplo: a chuva abriu buraco? Usem material de melhor qualidade e fiscalizem quem executa o serviço, para que ele seja feito de forma correta. Não adianta entregar uma pá, “um punhado de terra” e dizer: “Vai lá e resolve”.

A água está suja? Não basta consertar o cano que estourou. É preciso investigar toda a rede interligada.

“Mas, Túlio, é muita coisa.” Sim, é! Fica caro! Então faça um descarrego: descarregue o monte de gente encostada lá, apadrinhados políticos com altos salários, e passe a empregar melhor os recursos disponíveis. Porque há gastos desnecessários. Gasta-se muito com reparos e pouco com soluções.

Enfim, é só ler e ter, como já escrevi, boa vontade — ou caráter. Não sou eu o eleito para resolver os problemas. Quem afirmava que os secretários resolveriam as questões da cidade foi o prefeito. Se eles não resolvem, a culpa é de quem os nomeou e não cobra resultados.

Terminem logo a obra da Rua 40. É uma obra grande? Sim, é! Mas já era para estar concluída. A Avenida Engenheiro Necker C. de Camargo é exemplo disso: já sofreu demais com promessas e má gestão. Ia ficar pronta antes da festa. Depois, até a festa. Depois, liberar para a festa e concluir em novembro. Já estamos em novembro — e nada.

As obras da Rua 40, até a região dos lagos, sofreram com a forte chuva porque não estavam concluídas. Se estivessem, talvez não tivesse acontecido o que vimos. Digo talvez, porque o asfalto ainda deve ser “padrão Barretos”.

E já está cansativo ver vídeozinhos no Instagram. Vídeos dos “dois lados”: um criticando — nas entrelinhas — os problemas herdados; outro, justificando as obras deixadas.

Quem não entendeu, manda um e-mail que eu explico: [email protected]. Ou até mesmo um WhatsApp: (17) 99173-7177. Se quiser sugerir pautas, serão bem-vindas. É bom ouvir a voz do povo.

Paz e bem a todos!

Redação

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