Barretos ultrapassa R$ 577 milhões em gastos nos primeiros seis meses do ano, enquanto setor produtivo cobra reformas
Barretos já soma aproximadamente R$ 577,5 milhões em despesas nos primeiros 180 dias de 2025. Os dados são da plataforma Gasto Brasil, que monitora as despesas primárias do setor público em todo o país. O volume chama atenção para o risco de desequilíbrio fiscal, especialmente diante do baixo nível de investimentos produtivos e da falta de cortes efetivos, segundo alerta da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
Para equilibrar as contas, a principal estratégia ainda é a arrecadação — sem alívio perceptível para empresas e contribuintes. No Congresso Nacional, as discussões avançam lentamente: a regulamentação da reforma tributária aprovada em 2023 segue sem desfecho, assim como outras pautas de impacto direto no ambiente econômico, como a desoneração da folha de pagamentos e a simplificação dos tributos.
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Na tentativa de pressionar o Legislativo, entidades representativas lançaram recentemente a Agenda Legislativa da CACB, que reúne propostas vistas como essenciais para o setor produtivo. Entre elas, estão o aumento do limite de faturamento do Simples Nacional, a regulamentação das plataformas digitais, além de iniciativas para reduzir a burocracia e ampliar o crédito. O presidente em exercício da CACB, Ernesto João Reck, destaca que o momento é decisivo para destravar temas que travam o crescimento.
“A agenda legislativa é uma oportunidade de facilitar a vida do empresário, que está na ponta, que discute regulação na reforma tributária, trabalho no final de semana e como o pequeno empresário consegue sobreviver”, avalia Reck.
O setor de comércio e serviços, responsável por mais de 70% do Produto Interno Bruto brasileiro e pela maior parte dos empregos formais, acompanha com expectativa os próximos passos do Congresso. Para a CACB, o avanço nas pautas legislativas é o caminho para garantir liberdade econômica, segurança jurídica e maior eficiência nos gastos públicos — fatores indispensáveis para retomar o fôlego do desenvolvimento.
A marca dos seis primeiros meses do ano em Barretos evidencia, portanto, não apenas o montante expressivo de recursos públicos já utilizados, mas também a urgência por reformas estruturais que proporcionem um ambiente mais favorável para quem empreende e gera empregos no país.