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Casos de meningite ultrapassam 3 mil em São Paulo em 2025; baixa cobertura vacinal acende alerta

 Casos de meningite ultrapassam 3 mil em São Paulo em 2025; baixa cobertura vacinal acende alerta

Estado registra 407 mortes até outubro; cobertura vacinal infantil segue abaixo da meta e preocupa autoridades de saúde. / Foto: Erasmo Salomão/ MS

O monitoramento epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) mostra que mais de 3 mil casos de meningite foram confirmados no Estado entre janeiro e outubro de 2025. No período, 407 pessoas morreram em decorrência da doença. Na Baixada Santista, o Departamento Regional de Saúde notificou 57 casos e 11 óbitos. A pasta não detalhou quais tipos de meningite predominaram, nem se há relação epidemiológica entre os registros.

A SES-SP reforça que a vacinação é a principal medida preventiva. As vacinas meningocócicas C e ACWY são oferecidas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), enquanto a meningocócica B permanece disponível apenas na rede privada. A Secretaria também não informou se há campanhas específicas de vacinação ou sensibilização em andamento.

Cobertura vacinal abaixo da meta

De janeiro a julho, a cobertura da vacina meningocócica C em crianças menores de um ano foi de 82,6%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde e inferior ao índice registrado em 2024. A vacinação ACWY apresentou cobertura de 48,1% no estado — queda em relação ao ano anterior, quando atingiu 52,1%.

Na Baixada Santista, a cobertura contra a meningite C ficou em 78,48%, também abaixo do considerado ideal para proteção coletiva.

Entenda a doença

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos.

A forma viral geralmente é mais leve, com boa recuperação. Já a meningite bacteriana é mais grave e exige tratamento imediato para evitar complicações e reduzir o risco de morte.

A transmissão ocorre principalmente pelas vias respiratórias, por gotículas liberadas ao tossir, espirrar ou falar. Mesmo quando tratada, a doença pode deixar sequelas, especialmente nos casos bacterianos, como:

perda auditiva;
dificuldades neurológicas;
déficits cognitivos;
problemas motores.

Sintomas e orientação

A Secretaria orienta que pessoas com sinais de infecção procurem atendimento médico imediato. Os principais sintomas são:

febre alta;
dor de cabeça intensa;
vômitos;
rigidez na nuca;
manchas na pele.

vacinação continua sendo considerada a forma mais eficaz de prevenir casos graves e reduzir a circulação dos agentes causadores da doença. As informações são da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Fonte: Brasil 61

Redação

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