Infecção Urinária: Ginecologista alerta sobre a importância da continuidade do tratamento
A ITU (Infecção do Trato Urinário), mais conhecida como infecção urinária, pode ocorrer em pessoas de ambos os sexos e em todas as idades. Segundo o ginecologista e obstetra Élvio Floresti Junior, o quadro infeccioso se dá pelo desenvolvimento das bactérias do tipo E. coli ou outros patógenos habitantes naturais da flora perianal e perineal no trato urinário, que quando desenvolvidas podem atingir a bexiga e, por via ascendente, pode chegar a uretra e rins.
“A infecção urinária pode atingir a bexiga, mais conhecida como cistite, mas pode subir para os ureteres e até atingir os rins causando a pielonefrite, um tipo de infecção mais séria. Se não tratada adequadamente existe até a possibilidade de uma infecção generalizada.” – alerta doutor Elvio.
O especialista explica que esse tipo de contaminação acontece mais frequentemente em mulheres, pois elas têm a uretra (canal por onde sai a urina) mais curta e mais próxima da vagina e do ânus, sendo assim, a transmissão de bactérias de um lugar para o outro ocorre de maneira mais fácil.
Embora comum, a infecção urinária pode passar despercebida. Em alguns casos o corpo consegue combatê-la naturalmente. Porém, podemos tomar atitudes que diminuem as chances de manifestação, como beber bastante água e não segurar o xixi por muito tempo.
“A urina limpa a parede da uretra fazendo com que haja a eliminação de possíveis bactérias a caminho da bexiga. Além disso, é importante fazer a higiene íntima de forma correta e usar preservativos em relações sexuais.” – enfatiza o ginecologista.
Entre os principais sintomas desse tipo de infecção está a dor ou ardência ao urinar, micções frequentes e com pouco volume, odor, urina de cor escura e a presença de sangue. O quadro infeccioso pode ser confirmado no exame de urina. O tratamento geralmente consiste na indicação de antibióticos. Na cistite, há também casos não infecciosos conhecido como cistite traumática e irritativa, que geralmente acontece após relações sexuais. Neste quadro não é necessário o uso de antibióticos, apenas analgésicos.
“É muito comum as mulheres terem infecções recorrentes. Isso geralmente ocorre porque o tratamento da infecção anterior foi descontinuado. Às vezes, só pelo fato dos sintomas diminuírem, a paciente deixa de tomar o antibiótico por conta própria. É fundamental concluir o tratamento e também fazer exame de controle uns dez dias após o tratamento.” – finaliza.
Sobre o especialista
Doutor Elvio Floresti Junior é ginecologista e obstetra formado pela Escola Paulista de Medicina desde 1984. Possui título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e título de especialista em colposcopia. Além disso é especializado em histerectomia vaginal sem prolapso uterino (sem necessidade de corte abdominal) e está atualizado com as últimas técnicas cirúrgicas como sling vaginal. Realiza pré-natal especializado e atua em gestações de alto risco.