Onde a verdade encontra a democracia.
DESDE 2015

Governo aumenta mistura de etanol na gasolina e aquece setor sucroenergético no Noroeste paulista

 Governo aumenta mistura de etanol na gasolina e aquece setor sucroenergético no Noroeste paulista

(Imagem: Getty Images/Canva Pro)

O aumento da mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina de 27% para 30% (E30), autorizado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em junho e que começa a valer a partir de 1º de agosto, deve fortalecer a produção de cana-de-açúcar no Noroeste paulista. A expectativa do setor é que a maior demanda por etanol ajude a compensar perdas da safra passada, marcada pela queda de produtividade.

Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a medida deve gerar mais de R$ 10 bilhões em investimentos e criar cerca de 50 mil postos de trabalho no país. “A iniciativa fortalece a soberania nacional, reduz a dependência de combustíveis fósseis e consolida o papel dos biocombustíveis na transição energética”, avaliou a entidade, que representa usinas do Centro-Sul, região responsável por grande parte da produção nacional.

LEIA TAMBÉM:

A nova mistura foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) após estudos técnicos conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que confirmaram não haver impacto negativo no desempenho de veículos leves ou motocicletas.

Na região Noroeste paulista, a cana-de-açúcar representa 80% da produção agrícola, conforme levantamento do IBGE.

Além do E30, a mistura de biodiesel ao diesel subirá de 14% para 15% (B15), reduzindo ainda mais a necessidade de importação de combustíveis fósseis. Segundo o governo federal, essas mudanças devem permitir ao Brasil voltar a ser autossuficiente em gasolina após 15 anos.

Apesar do cenário favorável, dados mais recentes da Unica mostram queda na moagem de cana na primeira quinzena de junho, impactada por chuvas fortes em regiões produtoras do Paraná, Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo. Foram processadas 38,7 milhões de toneladas no período, volume 21,4% menor do que no mesmo período da safra 2024-2025.

A expectativa, porém, é que a combinação de maior demanda interna por etanol e investimentos ajude o setor a recuperar fôlego até o fim da safra.

Redação

Relacionado

Ops, você não pode copiar isto!