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Fila por leito e falta de médicos: vereadores cobram plano emergencial para crise na saúde em Barretos
A crise no atendimento da saúde pública de Barretos vem a tona mais uma vez durante a sessão ordinária da última segunda-feira (2) da Câmara Municipal. Com relatos de demora de até 48 horas por um leito hospitalar e a ausência de médicos em unidades básicas, os vereadores Tiagão Alves (União) e Ricardo “Bodinho” (PP) cobraram ações urgentes da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Saúde para enfrentar a crescente demanda, agravada pelo aumento de casos de doenças respiratórias e dengue.
Em discurso contundente, Tiagão Alves questionou se já existe um plano emergencial para ampliar a oferta de leitos na Santa Casa. “A população está ficando até 48 horas na UPA aguardando vaga. É um momento crítico. Mesmo com recursos escassos, é preciso traçar um plano e remanejar verbas para atender a população de forma digna e clara”, afirmou o parlamentar.
Já o vereador Bodinho trouxe um exemplo recente: “Acabei de receber uma mensagem pedindo para ir ao postinho do Marília. Sexta-feira, um pai levou uma criança e não tinha médico para atender. Depois a UPA fica sobrecarregada e ninguém entende por quê. Se os postinhos não funcionam, como vai funcionar a UPA?”
Diante do cenário, Tiagão Alves apresentou um requerimento, solicitando formalmente ao prefeito Odair Silva (REP) informações detalhadas sobre a existência – ou possibilidade de criação – de um plano de ação emergencial e estrutural para a rede pública de saúde.
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O documento menciona diretamente a necessidade de:
- Ampliação imediata da capacidade hospitalar, com foco no atendimento pediátrico;
- Instalação de estruturas temporárias, como tendas ou unidades de campanha;
- Parcerias com hospitais privados ou filantrópicos;
- Campanhas preventivas para doenças respiratórias;
- Medidas específicas para o enfrentamento da dengue, como ações emergenciais contra o mosquito Aedes aegypti, ampliação de leitos e atendimento prioritário.
O requerimento destaca o impacto direto da superlotação de leitos na segurança dos pacientes mais vulneráveis, principalmente crianças, e cobra planejamento efetivo por parte do Executivo. A proposta ainda ressalta o dever constitucional dos vereadores em fiscalizar e propor soluções em defesa do interesse público.
A expectativa é que o Executivo se manifeste oficialmente nas próximas sessões legislativas. Enquanto isso, a população segue enfrentando longas esperas e a UPA lotada.