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João Mulata: O ex-presidente de sindicato e o império de corrupção

 João Mulata: O ex-presidente de sindicato e o império de corrupção

João Mulata foi o líder de um dos sindicatos mais poderosos da cidade por mais de 30 anos. (Foto: Aquino José)

Prepare-se para entender a história de um dos maiores escândalos de Barretos: João Roberto dos Santos, o João Mulata, foi o líder de um dos sindicatos mais poderosos da cidade por mais de 30 anos. Um sindicato que deveria ser a voz dos servidores públicos, mas que, sob seu comando, se transformou em uma verdadeira casa de favores, onde tudo – e todos – estavam ao seu dispor.

O que parecia ser uma simples organização sindical de defesa dos trabalhadores, virou um verdadeiro império familiar, com o ex-presidente manipulando cargos e favorecendo seus próprios parentes. Sua esposa, filhos, amigos… Todos passaram a ocupar posições no sindicato, como se a entidade fosse sua propriedade particular. E o que parecia um “mini hospital” para os servidores, na verdade era a estrutura que João Mulata usava para enriquecer às custas de quem deveria defender.

Mas o que parecia eterno teve um fim. E não poderia ser mais humilhante. O império de João Mulata desmoronou quando a justiça, finalmente, o pegou! Ele foi condenado por peculato – um crime de apropriação indevida de bens públicos. E a sentença foi implacável: ele terá que devolver ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Barretos quase R$ 130 mil! O dinheiro dos trabalhadores, que ele roubou por anos, será devolvido. Uma vitória na luta pela transparência, finalmente!

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A sentença de novembro de 2023 revelou o que muitos já suspeitavam: João Mulata não estava apenas no poder, ele estava fazendo fortuna com a miséria alheia. Durante sua gestão, o sindicato se afundou em dívidas – mais de R$ 22 milhões com prestadores de serviços e R$ 2,5 milhões em débitos fiscais. E a cereja do bolo? Mais de R$ 4 milhões desaparecidos do caixa da entidade, fruto da ganância de quem queria se perpetuar no poder.

Aparecido Cipriano (vice-presidente) e João Mulata (presidente) da Câmara Municipal na legislatura 2019/2020

Mas não para por aí. João Mulata não só traiu os trabalhadores, ele também traiu seus próprios aliados. Como vereador, ele quebrou promessas e se aliou a interesses escusos. Seu final foi humilhante: depois de se enveredar em escândalos, ele foi jogado para escanteio, enquanto a atual gestão luta para colocar a casa em ordem e recuperar o que ele destruiu.

A nova gestão, liderada por Jailton Rodrigues dos Santos, ainda tenta respirar depois da tragédia deixada por João Mulata. Em um verdadeiro caos financeiro e administrativo, o sindicato busca pagar as dívidas, mas o estrago é imenso. A recuperação será lenta, mas a justiça, finalmente, deu seu veredicto. E é essa sentença que dá esperança aos servidores de Barretos: é possível lutar contra a corrupção e pela justiça, mesmo quando os poderosos parecem imbatíveis.

O caso de João Mulata não é apenas uma vitória judicial. É uma lição clara de que, quando a sociedade se une e exige transparência, até os mais poderosos podem ser derrubados. E, neste caso, a justiça não falhou. Mas o que mais vem por aí? Quais outros segredos sombrios ainda precisam ser revelados? Fiquem atentos, porque este caso pode ser apenas a ponta do iceberg de um sistema que, por anos, se alimentou das falhas e da omissão.

Redação

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