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Barretos arrecada R$ 94,8 milhões em impostos, mas gasta quase seis vezes mais nos primeiros seis meses de 2025


O município de Barretos arrecadou R$ 94.837.654,62 em impostos municipais entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano, segundo dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No mesmo período, porém, as despesas públicas alcançaram aproximadamente R$ 577,5 milhões, conforme levantamento da plataforma Gasto Brasil, que monitora as despesas primárias do setor público.
Os números chamam a atenção para o desequilíbrio fiscal, especialmente na esfera do Executivo. Para a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), a falta de cortes em gastos e o baixo volume de investimentos produtivos acendem um alerta sobre a sustentabilidade das contas públicas.
Enquanto isso, a arrecadação continua sendo a principal estratégia para equilibrar o orçamento local, sem alívio perceptível para empresas e contribuintes. No âmbito federal, a regulamentação da reforma tributária, aprovada em 2023, segue sem avanços significativos no Congresso Nacional. Propostas como a desoneração da folha de pagamentos e a simplificação de tributos também permanecem indefinidas.
Para o presidente em exercício da CACB, Ernesto João Reck, a agenda legislativa nacional é fundamental para destravar entraves que dificultam o crescimento econômico. “A agenda legislativa é uma oportunidade de facilitar a vida do empresário, que está na ponta, que discute regulação na reforma tributária, trabalho no final de semana e como o pequeno empresário consegue sobreviver”, afirmou Reck.
A CACB lançou recentemente sua Agenda Legislativa 2025, que reúne propostas como o aumento do limite de faturamento do Simples Nacional, a regulamentação das plataformas digitais e a redução da burocracia para empreender. A entidade lembra que o setor de comércio e serviços, responsável por mais de 70% do PIB brasileiro e pela maioria dos empregos formais, depende de avanços nessas pautas para manter sua capacidade de gerar renda e postos de trabalho. Ao completar 180 dias, o balanço fiscal de Barretos evidencia não apenas o volume de recursos consumidos pela máquina pública, mas também a ausência de sinais concretos de mudança em direção a um modelo que combine eficiência no gasto e estímulo ao ambiente de negócios.
