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Grito dos Excluídos chega à 31ª edição, mas em Barretos mobilização se restringe a roda de conversa

Ato dos Excluídos em Porto Alegre (Foto: Jorge Leão)

No domingo, 7 de setembro, o Grito dos Excluídos realizou sua 31ª edição em diversas cidades do Brasil. Sob o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”, os atos reuniram movimentos populares, pastorais, comunidades tradicionais, juventudes e militantes em defesa da democracia, do meio ambiente e da soberania nacional.
De acordo com a Secretaria Nacional do Grito, manifestações ocorreram em 25 estados e no Distrito Federal, com exceção do Tocantins. Entre as mensagens mais presentes nos atos esteve a palavra de ordem “Sem anistia”, direcionada contra o projeto que pode beneficiar condenados pela tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. Caso aprovado, o projeto poderia alcançar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente em julgamento no Supremo Tribunal Federal, que pode resultar em pena de até 40 anos de prisão.
Outro ponto de destaque foi a articulação com o Plebiscito Popular 2025, que recolhe votos sobre a redução da jornada de trabalho sem cortes salariais, o fim da escala 6×1 e a taxação de grandes fortunas. Para a coordenação nacional, a consulta reforça a necessidade de ampliar a participação direta da população nos rumos da democracia brasileira.
Discreta participação em Barretos
Enquanto grandes centros registraram marchas, caminhadas e apresentações culturais, em Barretos a mobilização ocorreu de forma mais tímida. Na cidade, não houve ato público nas ruas. As atividades se concentraram em uma roda de conversa realizada na noite de quarta-feira (3), que reuniu estudantes, professores, aposentados, funcionários públicos, lideranças comunitárias e sindicalistas.
Segundo participantes, o encontro buscou dialogar sobre os temas nacionais do Grito, além de debater pautas locais relacionadas à valorização do serviço público e à preservação ambiental.
O Grito dos Excluídos nasceu em 1995, inspirado pela Campanha da Fraternidade da CNBB daquele ano, cujo tema foi “Fraternidade e Excluídos”. Desde então, tornou-se um espaço permanente de mobilização social e política, que alia manifestações culturais, religiosas e debates públicos.
