Polêmica no horário escolar: escolas de período integral em Barretos têm carga horária reduzida

Uma mudança silenciosa, mas de grande impacto, foi implantada na rede municipal de ensino de Barretos neste ano letivo de 2025. As escolas que funcionam em período integral tiveram seus horários de aula oficialmente reduzidos, e a novidade já está causando surpresa entre pais e responsáveis.

Com a alteração, o turno da manhã passou a ser das 9h às 12h e o da tarde das 12h às 15h. Antes, os estudantes frequentavam as aulas das 8h às 12h e das 12h às 16h. Ou seja, cada turno perdeu uma hora, totalizando duas horas a menos por dia para os alunos da educação integral, conforme noticiado pelo jornal O Diário.

A medida pegou muitos de surpresa. Apesar de já estar em vigor, não houve ampla divulgação prévia da mudança, o que gerou dúvidas e questionamentos nas redes sociais e em grupos de pais. “Meu filho está chegando mais cedo em casa e eu só soube pela agenda que o horário mudou”, comentou uma mãe em uma postagem na internet.

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Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação de Barretos informou, por meio de nota oficial, que a alteração foi necessária por conta de readequações internas. “Foi necessário alterar os horários de alguns segmentos, sempre em conformidade com as legislações federais e municipais. Para a educação municipal, o foco continua sendo a oferta de serviços qualificados à população”, diz o comunicado da Prefeitura.

Apesar da justificativa, a nota não esclarece detalhes sobre quais legislações embasaram a decisão nem se há previsão de retorno aos horários anteriores. Também não foi informado se a mudança afeta o cumprimento da carga horária anual mínima exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

A redução da carga horária pode ter implicações diretas na rotina das famílias e no aproveitamento escolar dos alunos. A mudança ainda levanta questionamentos sobre como serão compensadas as horas retiradas e se haverá impacto na qualidade da educação oferecida.

Até o momento, não houve manifestações públicas de sindicatos, conselhos escolares ou representantes de pais e alunos, mas o tema promete ganhar fôlego nas próximas semanas, especialmente com o avanço do ano letivo.

Enquanto isso, a recomendação é que pais e responsáveis busquem informações diretamente nas unidades escolares para compreender como a nova organização dos horários pode afetar o dia a dia de seus filhos.