Professores de SP cobram negociação salarial e ameaçam greve
Professores de São Paulo estão nas ruas por direitos e pela educação pública. Foto: Lucas Barbosa (JAV/SP)
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) estipulou um prazo até sexta-feira (21) para que o governo estadual abra negociações sobre a pauta de reivindicações da categoria. O documento foi entregue à Secretaria Estadual da Educação em 19 de fevereiro e, caso não haja avanços, o sindicato pretende levar um indicativo de greve por tempo indeterminado à Assembleia Estadual dos Professores, marcada para 21 de março.
Entre as principais demandas dos docentes estão o reajuste de 6,27% referente à atualização do Piso Salarial Profissional Nacional para professores da ativa e aposentados, além do descongelamento de um reajuste de 10,15%, decisão garantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2017, mas ainda não concedida pelo governo paulista.
O sindicato também reivindica a abertura de negociações para um plano de reposição do poder de compra dos salários e a climatização das salas de aula em toda a rede estadual. Segundo a entidade, as frequentes ondas de calor têm prejudicado a saúde de professores e alunos.
A deputada estadual Professora Bebel (PT), que também ocupa o cargo de segunda presidenta da Apeoesp, criticou a gestão estadual e cobrou uma resposta sobre as demandas apresentadas. “Os professores de São Paulo exigem respeito e valorização. Se não houver negociação, indicaremos a greve no dia 21 de março”, afirmou.
Até o momento, o governo estadual não se manifestou publicamente sobre o prazo estipulado pelo sindicato. A Secretaria da Educação também não confirmou se há previsão para uma reunião com representantes da categoria.