Educação municipal atinge meta, mas ensino estadual piora na região
O MEC (Ministério da Educação) divulgou, no no dia 3 de setembro, as notas do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2017. Os dados apontam um panorama um tanto delicado para a educação brasileira. O cenário nacional se repete nos âmbitos estadual e municipal: as notas mais altas são as das turmas do 5º ano (Ensino Fundamental I), enquanto as do 9º ano (Ensino Fundamental II) patinam e 3º ano (Ensino Médio) têm queda significativa.
Nos municípios da região, apesar de ter unidades públicas com notas que se igualam ao desenvolvimento de escolas de primeiro mundo, quando feita uma análise geral das informações, chega-se à conclusão que os índices da educação nas cidades estão abaixo da média nacional.
Criado em 2007 pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o IDEB serve para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. De acordo com o MEC, as metas estabelecidas pelo IDEB são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos.
Ensino municipal
Colômbia e Olímpia tiveram a melhor nota: 6,8 (numa escala de 0 a 10) no ensino público municipal do 1º ao 5º (Ensino Fundamental I). Seguido de Barretos (6,7), Guaíra (6,5) e Severínia (6,4). A projeção do governo federal era de 5,5.
Em relação ao ensino entre o 6º e 9º ano (Ensino Fundamental II), Barretos e Colômbia alcançaram 5,0 e 5,1 respectivamente. Severínia ficou abaixo da média com 4,8 e ainda, o município patina desde 2013. Guaíra e Olímpia não participam da avaliação. A projeção nacional é de 5,0.
Ensino estadual
O sistema público paulista ocupa o 4º lugar no ranking do IDEB, ficando atrás de Ceará e Rondônia. O cenário é pior em relação à edição anterior do IDEB, de 2015, quando São Paulo aparecia no topo, juntamente com Pernambuco. Como São Paulo tem índices baixos de reprovados e de evasão, o Estado vai melhor no IDEB.
No ensino do 6º e 9º ano Olímpia registrou o melhor desempenho com 5,6; seguidos de Barretos e Guaíra com 5,1. Colômbia não participou ou não atendeu os requisitos para ter o desempenho calculado. Severínia teve o pior desempenho entre os cinco municípios com 3,5. A projeção nacional é de 5,0.
Já o ensino médio está abaixo da meta nacional (4,7) em todos os municípios citados: Colômbia (4,6), Olímpia (4,5), Barretos (4,2), Guaíra (4,0) e Severínia (3,5).
Melhor do país
A cidade de Sobral, no Ceará, berço político do candidato a presidência Ciro Gomes (PDT) alcançou a primeira posição do IDEB com média 9,1. O número coloca a educação da cidade com a mesma avaliação de países desenvolvidos. Entre as 100 cidades com os maiores médias, 19 são do Ceará.
Fonte: Igor Sorente/ Seven Press