Sebrae-SP alerta MEIs de Barretos para regularização até 31 de janeiro
Blairo Maggi diz que poderá faltar carne se paralisação continuar
Após reunir-se na tarde de terça-feira (29) com produtores de proteína animal, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse que a continuidade da paralisação dos caminhoneiros pode significar falta de carne nas prateleiras dos açougues e supermercados. Representantes do setor admitem também aumento de cerca de 30% no preço dos produtos.O encontro ocorreu paralelamente ao Fórum de Investimentos Brasil 2018, em São Paulo.
“Se não tem como alimentar os mercados, as plantas, vai faltar para a população.” – falou o ministro a jornalistas. Segundo Maggi, o prazo para normalização das atividades e transportes de carga seria quinta-feira (31). “Os relatos deles [dos representantes do setor] aqui hoje é que, na melhor das hipóteses, até quinta-feira desta semana eles não terão como tratar mais de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos. Temos uma capacidade de abate de 23 milhões de aves por dia e essas aves, não sendo abatidas, elas entrarão em colapso e irão morrer de forma natural por falta de comida ou de nutrição.” – acrescentou.
Levantamento divulgado segunda-feira (28) pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) alerta para um aumento na mortandade de animais nos polos de produção pelo país por falta de alimentação, uma vez que os bloqueios nas estradas impede a chegada de ração.
Maggi explicou que uma das preocupações do setor é em relação ao aprimoramento genético das aves, que pode ser perdido. “O sistema de produção de aves vem da parte genética, das bisavós para as avós e vem das matrizes, de onde saem os ovos para nascer os pintinhos. Se perdemos esse estoque de bisavós e de avós que temos no Brasil, que é o material genético, que também é exportado, vamos perder a sequência do que fizemos. E poderemos demorar até dois anos e meio para recuperar o que temos hoje na avicultura. Isso significa dizer que o Brasil passará de um grande exportador de aves para um importador em pouco tempo.” – falou o ministro.
Com informações da EBC