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Protesto de caminhoneiros causa desabastecimento em São Paulo
A APAS (Associação Paulista de Supermercados) informa que as paralisações já causam desabastecimento nos supermercados, em especial nos itens de frutas, legumes e verduras, que são perecíveis e de abastecimento diário. A entidade ressalta que também carnes e produtos industrializados, que levam proteínas no processo de fabricação, também estão com as entregas comprometidas pelos atrasos no reabastecimento. Em nota, a diretoria da APAS faz um apelo para que as negociações entre governo federal e caminhoneiros tenham resoluções imediatas para que a “população não sofra com a falta de produtos de necessidade básica”.
A CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), maior central de abastecimento de frutas, legumes, verduras, flores, pescados e diversos do país, também demonstrou preocupação com os reflexos da paralisação dos caminhoneiros, afirmando que já existe reflexos na comercialização de produtos.
Em nota, a CEAGESP, informa que nesta quarta-feira (23) começaram os reflexos na entrega de produtos de outros estados, como manga e mamão, provenientes da Bahia e do Espírito Santo, o melão do Rio Grande do Norte, a melancia de Goiás e a batata do Paraná. Ressalta que produtos provenientes do interior paulista (verduras e legumes) ainda não sofreram atrasos, advertindo que os que permitem estocagem (maçã, pera, abóboras, coco verde, alho, cebola) podem ter desabastecimento no médio e longo prazo.
A paralisação já provoca alta nos preços, como batata. “Da mesma forma que a oferta apresenta problemas, a demanda também está prejudicada. Compradores que carregam para outros estados, não estão realizando negócios”, ressalta o entreposto.
Com informações da EBC