Contrabando causa prejuízo de R$ 5 bilhões ao Estado de São Paulo

 Contrabando causa prejuízo de R$ 5 bilhões ao Estado de São Paulo
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O Movimento em Defesa do Mercado Legal Brasileiro, coalizão formada por cerca de 70 entidades representantes de setores afetados pela ilegalidade no Brasil, realizou uma reunião na manhã desta quinta-feira (3), para marcar o Dia Estadual de Combate ao Contrabando. A data, que em 2017 foi incluída no calendário oficial do Estado por meio de um Projeto de Lei do deputado Jorge Caruso (PMDB), tem o objetivo de promover o debate de questões ligadas ao contrabando sobre diferentes óticas como a econômica, social, saúde e segurança.

Durante o evento, foi divulgado um levantamento sobre os impactos do contrabando para o Estado. De acordo com Rodolpho Ramazzini, diretor da ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação) e membro do Movimento, entre janeiro e junho de 2017, esta atividade criminosa causou cerca de R$ 5 bilhões de prejuízo aos cofres do Estado.

Os setores que fazem parte do levantamento são: cigarros (evasão de R$ 1,6 bilhão em 2017), autopeças (evasão de R$ 500 milhões em 2017), produtos eletroeletrônicos (evasão de R$ 400 milhões em 2017), confecções (evasão de R$ 250 milhões em 2017), bebidas (evasão de R$ 240 milhões em 2017), material elétrico (evasão de R$ 175 milhões em 2017), setor ótico (evasão de R$ 125 milhões em 2017), produtos de luxo (evasão de R$ 120 milhões em 2017), ferramentas (evasão de R$ 50 milhões em 2017) e outros setores (evasão de R$ 1,54 bilhão em 2017).

O setor campeão do contrabando em São Paulo é o de cigarros. Contrabandeados do Paraguai, eles foram responsáveis por uma evasão fiscal de R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre de 2017. O Estado é responsável pela venda de 33% de todos os cigarros contrabandeados comercializados no país, uma atividade controlada por quadrilhas de criminosos como o PCC (Primeiro Comando da Capital).

O mercado ilegal já representa 44% do total de cigarros vendidos no Estado. Dezesseis marcas paraguaias são comercializadas em São Paulo, com destaque para a marca Eight, fabricada pela Tabesa S.A, de propriedade do presidente paraguaio Horácio Cartes. O Eight é hoje o cigarro mais vendido em São Paulo, à frente de todas as marcas fabricadas legalmente no Brasil, com uma participação de mercado de 35,30%.

Para Edson Vismona, presidente do FNCP e do ETCO e coordenador do Movimento, “não é possível conceber que, no Estado mais rico da federação, o cigarro mais vendido seja produto da ilegalidade. É preciso a união de forças entre poder público e sociedade civil para corrigir esse e outros desvios que prejudicam os paulistanos.” – destaca.

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Redação

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