Ex-diretor clínico da Santa Casa de Barretos, Dr. Fauze José Daher, critica gestão de saúde no município

 Ex-diretor clínico da Santa Casa de Barretos, Dr. Fauze José Daher, critica gestão de saúde no município

Fauze José Daher não poupou críticas à gestão do atual diretor da instituição, Henrique Prata.

O ex-diretor clínico da Santa Casa de Barretos, Dr. Fauze José Daher, comentou sobre a revogação do processo licitatório pela prefeita Paula Lemos que envolve a gestão de cinco unidades de saúde pela Fundação Pio XII.

A prefeita Paula Lemos havia solicitado a revogação da parceria, que foi inicialmente publicada na imprensa oficial do município, mas a decisão foi suspensa pela justiça. Fauze criticou fortemente a administração da saúde pública em Barretos e focou suas críticas em Henrique Prata, destacando a falta de profissionais médicos nas posições de liderança e a centralização das decisões de saúde em mãos não médicas.

“A população está sufocada em mãos de uma administração que é leiga, não é especializada em atender todas as especialidades que um hospital geral tem que ter, e os postos de atendimentos também são a mesma coisa”, afirmou Dr. Fauze. Ele criticou o monopólio de Henrique Prata na gestão dos postos de saúde e a falta de transparência na administração dos recursos públicos. “Ele não presta contas, ele recebe o dinheiro e faz o que quiser e a gente não fica sabendo para onde foi esse dinheiro”, disse o médico. Ele também mencionou a utilização da Santa Casa como hospital escola sem a devida supervisão de médicos experientes, o que prejudica a qualidade do atendimento.

Em relação à decisão judicial que suspendeu a revogação da parceria com a Fundação Pio XII, Fauze ressaltou que a prefeita Paula Lemos está correta em reassumir o comando das UBS’s. “Ela tem que retomar, é uma atitude legítima dela, ela tem o poder de império, é um poder de império do estado”, afirmou. Ele sugeriu que a gestão das unidades de saúde seja entregue a instituições como o Hospital Israelita Albert Einstein ou o Hospital Sírio-Libanês, que possuem experiência em administração de saúde pública.

Sobre o impacto da administração de Henrique Prata na Santa Casa, Fauze foi enfático: “A Santa Casa é um hospital esvaziado. Você vê que não tem um movimento de gente na Santa Casa, porque foge da Santa Casa, ele encaminha para Bebedouro”. Ele destacou a deterioração do hospital e a falta de investimentos em sua infraestrutura, além da marginalização de médicos experientes.

Uma nova reunião para decidir o futuro da gestão das unidades de saúde em Barretos está marcada pelo titular da 2ª Vara Cível, para o dia 31 de julho, onde a situação será reavaliada, discutida pelas partes envolvidas devendo comparecer o representante legal da Fundação Pio XII, a Prefeita Municipal de Barretos, a Secretária Municipal de Saúde e o Procurador Geral do Município.

Dr. Fauze finalizou com um apelo à população e às autoridades para que a situação da saúde em Barretos seja resolvida de forma transparente e profissional. “Estou falando com o coração aberto, eu me trato em São Paulo. Eu que nasci na Santa Casa, meus filhos na Santa Casa e os netos de Barretos da Santa Casa, fico triste de ter que me tratar fora de Barretos, porque não dá confiança de tratar na Santa Casa. O que eu não quero pra mim, eu não quero para a população em geral, sem demagogia”, concluiu.

Redação

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