CPI das Mensagens de Whats App ouve depoimentos de representantes de mais três empresas

 CPI das Mensagens de Whats App ouve depoimentos de representantes de mais três empresas

Empresário Rogério Cunha durante oitiva.

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga mensagens de texto e de áudio compartilhadas entre pessoas e grupos no Whats App e nas redes sociais ouviu os depoimentos de mais três representantes de empresas na manhã desta quarta-feira (21), na Câmara.

Colaboraram com as investigações o empresário Rogério Cunha; a diretora responsável pela aprovação de projetos da empresa Emais Urbanismo Barretos 191 Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda, Tatiani Abelama; e o representante da empresa Morus Glebas Imobiliária e Participações Ltda, Mamedi Mussi Neto.

Durante a reunião, os vereadores Adilson Ventura (PL), Rodrigo Malaman (PSDB) e Carlão do Basquete (PSD) decidiram solicitar às operadoras de telefonia móvel, bem como a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) informações sobre os titulares dos números de celulares que propagaram os áudios e as mensagens fake news (notícias falsas) contra a honra dos vereadores no Whats App e nas redes sociais. O prazo para o envio das informações é de 15 dias.

A CPI também decidiu formalizar pedido ao empresário Carlos Meimberg Neto para que envie mais informações sobre o empreendedor que o teria procurado para solicitar recursos financeiros em nome dos vereadores, bem como a suposta lista com os nomes dos parlamentares. A Comissão questionou Carlos Neto sobre esse suposto empreendedor durante a Oitiva de 16 de junho, porém, o empresário se negou a informar, alegando que não iria expor a pessoa. Com isso, a CPI vai refazer o pedido através de ofício, garantindo sigilo absoluto para que não ocorra a exposição que preocupa o empresário.

A próxima reunião da CPI só será agendada após o recebimento desses documentos.

Sobre a CPI
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar mensagens de texto e de áudio compartilhadas entre pessoas e grupos no Whats App e nas redes sociais de que um suposto empresário estaria pedindo recursos a outros empresários em nome de vereadores buscando a aprovação de Projeto de Lei na Câmara foi instaurada no dia 02 de maio de 2023.

O Requerimento nº 854/2023, que dá origem à abertura da investigação, foi assinado por seis vereadores: Adilson Ventura (PL), Juninho Bandeira (PL), Fabrício Lemos (UB, Gabriel Uchida (UB), Paulo Correa (PL) e Rodrigo Malaman (PSDB). O Artigo 62 do Regimento Interno da Câmara determina que para instaurar uma CPI na Câmara é necessária a assinatura de 1/3 do total de vereadores, ou seja, no mínimo seis assinaturas.

De acordo com o documento, “graves fatos disseminados via Whatsapp por um número não identificável, assim também em diversos grupos do mesmo aplicativo de comunicação, inclusive por mensagens dé áudios e textos, de que um suposto empresário conhecido como Rogério Cunha, estaria pedindo recursos a outros empresários em nome de vereadores buscando a aprovação do Projeto de Lei Complementar 20/2023.

O texto do Requerimento cita ainda que “estes fatos, se verídicos ou inverídicos, podem configurar crimes contra a honra dos vereadores mencionados nas falsas veiculações”, tentando “denegrir a imagem do Legislativo barretense com as chamadas fake news (notícias falsas)”.

No dia 04 de maio de 2023, o Presidente da Câmara, Luís Paulo Vieira, o “Lupa” (PRTB) assinou a Portaria nº 5930/2023 indicando os três vereadores que vão atuar na CPI, respeitando a “proporcionalidade partidária”.

De acordo com o Artigo 63 do Regimento Interno da Casa, a CPI pode convocar testemunhas para prestar depoimentos (oitivas) e solicitar documentos de órgãos da Administração direta e indireta, caso necessário.

A Comissão Parlamentar de Inquérito deverá concluir os trabalhos em 120 dias, podendo esse prazo ser prorrogado por mais 60 dias. O relatório final, caso seja necessário, poderá ser encaminhado ao Ministério Público para que seja estabelecida a responsabilidade civil e/ou criminal de possíveis infratores.

Os fatos que motivaram a abertura da CPI das mensagens de Whats App contra a honra de vereadores também estão sendo investigados em paralelo pelo Ministério Público.

Redação

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