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Jailton relata perseguições e diz que dívida do sindicato é impagável
Eleito em 15 de agosto de 2022 para a presidência do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Jailton Rodrigues dos Santos revela que assumiu com uma dívida de mais R$ 16 milhões de verbas que entraram no sindicato e não foram repassados para os prestadores de serviços e também uma dívida de R$ 2,5 milhões com a Receita Federal, causada pela má administração.
“Foi feita uma auditoria para apurar todos os gastos e desvios que aconteceram e o relatório mostrou que entraram R$ 4 milhões no cofre do sindicato e não existe saída deste valor.” E o dinheiro não está em caixa, apontou Jailton durante o programa “Café com prosa” pela Rádio Jornal. “Todas as pessoas que usufruíram desse dinheiro, irão responder criminalmente e deverão prestar contas futuramente.” – explica.
Questionado se o presidente tem um planejamento estratégico para pagar essas dívidas milionárias deixadas pela gestão de João Roberto dos Santos, conhecido como “João Mulata”, a resposta é que a dívida é impagável. “A dívida do sindicato é impagável, se você for analisar, a dívida aumenta em 1% de juros de mês em mês – algo em torno de R$ 160 mil – e o valor que recebemos de mensalidade é apenas R$ 50 mil. Então não temos planejamento para a quitação deste débito.” – relata Jailton.
Eleição e embates
“Quando nossa chapa entrou para as eleições para concorrer à diretoria do Sindicato, nós não imaginaríamos que iríamos conseguir a vitória, pois estaríamos disputando com os fundadores.” – disse. Jailton explicou que a turma de João Mulata estava na diretoria do sindicato há mais de 30 anos, desde a sua fundação. “Foi uma eleição muito conturbada. Quem estava no poder e usufruía de um benefício que não era dele, para beneficiar sua família, não queria sair do poder.”
A chapa vencedora lançou inicialmente o vereador Vagner Chiapetti para presidente, porém antes mesmo de começar a campanha, iniciaram perseguição contra ele e sua família e acabou se abdicando, de acordo com Jailton. “Em seguida, entrou a Sheila que atua no Controle de Vetores e começou a perseguição contra ela e seu pai, dizendo que ambos não teriam paz, caso continuasse na chapa e também acabou desistindo.” explica. Após a abdicação de ambos, o advogado Jailton Rodrigues foi convidado a compor a chapa para presidente. Relata que também sofreu perseguições por parte da antiga comissão do sindicato. “Assim como sofri nas eleições de 2013.” – disse.
No decorrer da campanha, a chapa de Jailton foi surpreendida com pedido de impugnação, por parte do concorrente, pois alegavam que como a Sheila havia desistido da presidência, não poderia ter uma nova substituição, pois com a desistência dela, ocasionava na renúncia da chapa, porém isso não está no estatuto. “Entraram com um pedido de impugnação, acabamos sendo afastados, porém foi deliberado uma liminar para que a gente pudesse voltar à chapa para se candidatar, mas essa liminar foi derrubada também e a oposição acabou sendo eleita.” – explica Jailton.
Saques e processos
Durante entrevista ao programa “Café com prosa”, Jailton Rodrigues afirmou que, mesmo com a derrota de sua chapa, continuou trabalhando nos bastidores, pois sabia que a chapa de João Mulata não poderia ser reeleita. “O João Mulata estava impossibilitado de ser reeleito novamente, pois ele estava sendo processado judicialmente após roubar dinheiro dos servidores públicos, ao invés de administrar e repassar esse dinheiro. Nossa chapa entrou com um pedido de impugnação e quem julgou o nosso pedido de impugnação, foi as próprias pessoas que estavam na chapa dele. A comissão eleitoral era da chapa dele e por isso acabou sendo negada. Então entramos com pedido judicialmente, pois o mesmo era inelegível e também não havia quórum suficiente para validar a eleição. Entramos com um mandado de segurança judicialmente e depois de um período, o até então presidente que estava no poder, acabou sendo afastado. Foi feita uma nova eleição, dentro das leis e pela maioria de votos, nossa chapa conseguiu ser eleita de forma regular.” – ressalta Jailton Rodrigues.
Aumento salarial
Questionado sobre o novo reajuste de 8,7% no salário dos servidores, Jailton Rodrigues afirmou que em fevereiro de 2022, o ex-presidente João Mulata fez um acordo com Paula Lemos (UB) de um reajuste de 7,71% até 2024. Ao ser eleito, Jailton explicou que conversou com a prefeita e conseguiu subir para 8,71%. “Alguns servidores não ficaram contentes com estes reajustes, porém foi algo concreto feito na gestão anterior e que tem validade até 2024.” – finaliza o presidente.