Rádio faz parte do cotidiano de 79% da população brasileira, diz pesquisa
Cinco partidos definem neutralidade; PDT dá apoio crítico a Haddad
Após mais um dia de articulações políticas, mais partidos seguiram a tendência da maioria neste segundo turno das eleições presidenciais e decidiram não se posicionar na disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). As cúpulas de Podemos, PPS, DEM, Solidariedade e PR anunciaram que estavam liberando os militantes e lideranças para apoiar qualquer um dos dois candidatos. Já o PDT, cujo candidato Ciro Gomes ficou em terceiro lugar no primeiro turno, afirmou que defenderá a candidatura de Fernando Haddad para evitar “riscos à democracia” que o adversário supostamente representa.
Entre os grandes partidos, o MDB também deve liberar seus filiados para escolher a posição no segundo turno, conforme avaliou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. O PTB anunciou que apoiará Jair Bolsonaro, enquanto PSOL, PPL e PSB decidiram defender a candidatura do ex-prefeito de São Paulo e PP, Patriota, DC, PRB e PSDB anunciaram-se neutros na disputa presidencial do dia 28 de outubro.
Já a Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, divulgou nota afirmando que não se alinha e não apoia nenhum dos candidatos que seguem na disputa pela presidência da República. No entanto, afirma que “é impossível ignorar que o projeto de Jair Bolsonaro representaria um retrocesso brutal e inadmissível” na questão ambiental e nos direitos das comunidades indígenas e quilombolas. Depois desta explicação, a Rede recomenda que seus filiados e simpatizantes não destinem nenhum voto ao candidato Jair Bolsonaro e adianta que fará oposição democrática ao próximo governo, qualquer que seja o eleito.
A Executiva Nacional do PPS decidiu pela “neutralidade” porque os dois lados trazem a marca de uma “conflagração que alimenta radicalismos políticos que ameaçam o próprio processo democrático”. A opção de liberar os filiados foi a mesma tomada pelo Podemos.
Os partidos que compõem o bloco denominado Centrão também comunicaram a decisão de oficialmente liberar os correligionários. Nesta quarta-feira, DEM, Solidariedade e PR seguiram o mesmo caminho que a maioria das siglas adotou ontem, como PRB e PP. Para o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, é preciso que o candidato vitorioso governe com os mais qualificados e encontre uma solução para os mais de 13 milhões de brasileiros desempregados.
Com um capital político de 13,3 milhões ou 12,47% dos votos à Presidência no último domingo (7), o PDT se reuniu em Brasília para confirmar apoio crítico ao candidato petista. Segundo Carlos Lupi, presidente da sigla, Ciro Gomes não vai subir no palanque de Haddad e os pedetistas não pretendem fazer parte de uma eventual gestão do partido. “Somos o partido dos cassados, dos oprimidos, dos exilados e dos mortos. É em nome desta memória que queremos alertar o povo brasileiro do risco que o Brasil corre elegendo essa personalidade que hoje engana o povo.” – disse Lupi, em referência a Bolsonaro.
Fonte: Agência Brasil