Buracos no asfalto persistem como desafio crônico em Barretos
Enfermeira alerta sobre hepatites em entrevista exclusiva
Marcia Cristina de Oliveira, enfermeira de longa data na área de saúde, compartilhou informações importantes sobre as hepatites virais em uma entrevista exclusiva concedida ao programa “Café com Prosa” na Rádio Jornal, 88.7 FM.
Com uma formação em enfermagem obtida em 2002 na cidade de Votuporanga (SP), Marcia viu em Barretos não apenas uma oportunidade de emprego na área, mas também um lar onde construiu sua carreira e família. Desde 2006, atua como funcionária da Unidade de Doenças Infectocontagiosas da Prefeitura, dedicando-se incansavelmente ao cuidado dos pacientes e à prevenção de doenças.
Quem deve fazer os testes
Em sua participação no programa, Marcia abordou especificamente as hepatites B e C, destacando que a incidência dessas doenças é mais comum em pessoas acima dos 40 anos, devido aos antigos métodos de aplicação de vacinas. No entanto, ressalta que indivíduos com fatores de risco, mesmo abaixo dessa faixa etária, também estão susceptíveis.
Doenças silenciosa e traiçoeira
Um ponto crucial discutido foi a natureza traiçoeira dessas doenças, muitas vezes assintomáticas. Marcia enfatiza que, na maioria dos casos, os pacientes não apresentam sintomas ou têm apenas sintomas leves, semelhantes aos de uma gripe. No entanto, após um longo período de incubação, os sintomas podem se manifestar de forma mais grave, o que torna essencial que as pessoas busquem a testagem nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para um diagnóstico precoce.
Teste deu positivo, e agora?
Quando questionada sobre o encaminhamento dos pacientes diagnosticados positivamente para hepatite, Marcia explica que eles são direcionados para o ambulatório, onde passam por exames mais detalhados para confirmar o diagnóstico e determinar o estágio da doença. Ela destaca a importância do acompanhamento médico nesse processo, especialmente para aqueles com idade avançada, que correm o risco de desenvolver cirrose hepática, uma complicação grave e irreversível.
A importância da vacinação
Sobre a vacinação contra hepatite B, Marcia ressalta que está disponível no calendário de vacinações, mas muitos adultos não foram imunizados na infância, aumentando sua vulnerabilidade à doença. Ela incentiva aqueles que não foram vacinados a procurarem as UBS para receber a vacinação e se protegerem contra essa infecção.
Hepatite tem cura?
Quanto ao tratamento das hepatites, Marcia esclarece que o tempo varia, sendo de 3 a 6 meses para hepatite C, com medicamentos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, para aqueles que desenvolvem cirrose ou danos hepáticos graves, o tratamento pode se estender indefinidamente. Para hepatite B, que não possui cura, o uso de medicamentos é vital ao longo da vida para controlar a doença.
A entrevista de Marcia Cristina de Oliveira serve como um lembrete oportuno da importância da conscientização, prevenção e tratamento das hepatites virais.