A octogenária atriz que morou na Vila Rios e no centro de Barretos

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A mineirinha Alexandrina Araújo Sanches nasceu em Luz (MG). Filha do casal Altamiro Leite de Araújo e Maria Messias. Mais duas irmãs completaram a família: Alcina Bazzo e Odorica Leite.  

Depois de um certo tempo, ela veio para Barretos, onde passou a maior parte de sua vida. Casou-se com Luís Sanches. Teve apenas uma única filha, Mara Silvia, que lhe deu 3 netas: Maira, Sara e Tayra.

— “Morei na Vila Rios e em frente ao prédio do INSS.” – contou.

Depois ela foi para Ribeirão Preto (SP) e Campinas (SP), onde reside desde 1980.

— “Mudei pra Campinas porque minha filha veio para esta cidade para estudar. Eu resolvi acompanhá-la com a intenção de lhe dar apoio.” – justificou.

Mas os laços familiares continuaram em Barretos.

— “A maioria dos meus familiares mora no bairro Pedro Cavalini.” – lembrou.

A certa altura da vida resolveu se dedicar ao mundo das artes.

Fez curso de argila na UNICAMP (Universidade de Campinas) com a professora japonesa Akiko Fujita, que esteve no Brasil. Depois, se interessou por teatro e em 1983 fez curso de extensão universitária com o professor Adilson Barros e com o ator Paulo Betti. Em 1996, foi aluna de Antunes Filho no Centro de Pesquisas Teatrais. De 2004 a 2008 foi ouvinte em cursos no Instituto de Arte na mesma universidade.

Exímia bordadeira e aspirante a pianista, a veia artística estava sempre presente em sua vida. As somas de todos os talentos contribuíram para sua dedicação ao teatro e ao cinema.

A “mineira barretense” adotou o nome artístico de Alexandra Sanches. No teatro, atuou em inúmeras montagens, como “O Capeta de Caruaru”, com direção de Adilson Barros; “Calabar”, com direção de Tom Crivelaro; “Quando Tudo Acontece na Segunda-Feira”, entre tantas peças.

Ao se envolver no meio artístico, Alexandra Sanches fez inúmeros contatos, que lhe renderam quatro filmes. Em “Anões do Jardim”, interpretou “Catarina”, uma mulher que é entrevistada por acreditar em anões. “Idalina”, uma senhora que faz tricô enquanto acompanha o neto em partidas de futebol foi a sua personagem no curta “Tiro Livre Direto”.

Foi protagonista em “Aurora”, curta que conta a história de uma senhora de muita idade que espera o filho aparecer para então poder sumir de vista. Deitada, três dias sem comer, sem poder levantar do chão, Aurora o espera para poder lhe revelar o maior momento de sua vida. 


Alexandra Sanches protagonizou Aurora no cinema.

–“Fui achada na internet pelo Eduard Cardoso, que contatou com uma neta minha e depois me convidou para interpretar a personagem principal de Aurora.” – revelou.

O curta-metragem Aurora dirigido por Roney Freitas foi destaque em mostras de cinema realizadas em São Paulo, Belo Horizonte (MG), São Luís (MA) , Los Angeles (EUA) e Paris (França). Custou por volta de R$ 98 mil. E nunca foi exibido em Barretos.

A atriz também gravou em 2011 “Desalmados: Aleluia, Salvação e Glória”, onde interpretou “Assunta”, uma senhora muito religiosa e que descobre uma santa que começou a aparecer na sua casa.

Alexandra Sanches se sente realizada como pessoa e atriz. Disse que sempre foi muito incentivada pelos familiares e amigos.

Aos 82 anos, ela revelou um sonho:

–“Quero gravar um longa-metragem para melhor mostrar minhas habilidades de atriz”.

Atualmente, aos 88 anos, Alexandra Sanches se recupera de um AVC em Campinas (SP).


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Aquino José

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