Câncer: maior congresso mundial de Oncologia traz pesquisa brasileira sobre impactos da telemedicina em pacientes idosos

 Câncer: maior congresso mundial de Oncologia traz pesquisa brasileira sobre impactos da telemedicina em pacientes idosos

Um dos destaques brasileiros entre os estudos que serão apresentados no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) é uma análise liderada por Cristiane Bergerot, líder nacional de especialidade equipe multidisciplinar da Oncoclínicas&Co. Ela levará para os palcos do maior evento do mundo dedicado ao câncer a apresentação oral do estudo “Qualidade de vida de pacientes idosos com câncer metastático no Brasil: Uma intervenção de avaliação geriátrica e cuidados de apoio baseada em telemedicina (GAIN-S)” (ABSTRACT #: 1514), 100% nacional, que testou a eficácia de um programa de avaliação geriátrica via telessaúde, integrada a intervenções psicossociais, para pessoas a partir de 65 anos com doença metastática. “Nesse estudo, demonstramos que este programa melhora a função física do paciente, reduz sintomas depressivos, melhora a qualidade de vida, e auxilia no enfrentamento do diagnóstico, tratamento e prognóstico”, explica. Os resultados dessa avaliação fazem parte da seção “Desafios e Oportunidades na Prestação de Cuidados Oncológicos Globais”, que acontece no dia 2 de junho.

Com isso, a área de Oncogeriatria, aponta Cristiane, se firma entre os principais temas da ASCO deste ano. “O envelhecimento da população está diretamente ligado ao aumento no número de casos de câncer, e muitas vezes esses pacientes chegam a um estágio que requer uma assistência integrada e focada nas reais necessidades. Essa é uma área que se torna cada vez mais importante e presente no debate. Além disso, iremos iniciar um outro estudo, de fase 3, com o intuito de avaliar a eficácia desse programa para pacientes com 65 anos ou mais, com início previsto de tratamento oncológico. É fundamental entender como melhorar a qualidade de vida e o enfrentamento da doença para proporcionar melhores prognósticos”, explica. 

Segundo a especialista, a pesquisa comprova que, com medidas simples, podemos amplamente contribuir para a melhoria do prognóstico geral dos pacientes, resultando em impactos positivos na redução dos custos totais gerados pela doença para os sistemas de saúde público e privado. 

Redação

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