Alunas de Psicologia do UNIFEB apresentam trabalhos em congresso internacional em São Paulo
“Hereditário: o terror psicológico que redefine o gênero no cinema moderno”


Hereditário (2018), dirigido por Ari Aster, começa de forma lenta, quase entediante, mas esse ritmo calculado é justamente o que torna o terror tão eficaz. O filme vai aumentando a temperatura pouco a pouco, como um sapo em água fervente: quando percebemos, já estamos completamente imersos em uma atmosfera sufocante de horror. A trama acompanha Annie (Toni Collette) e sua família, revelando segredos macabros e uma espiral de loucura que transforma o drama familiar em uma experiência perturbadora.
A estética do filme é uma obra de arte. A fotografia lembra casas de bonecas, reforçando a sensação de que os personagens estão sendo manipulados por forças invisíveis, enquanto a direção de arte e os enquadramentos estáticos criam uma frieza incômoda. É um terror psicológico que não depende de sustos baratos, mas sim de uma crescente sensação de desconforto e inevitabilidade.
E quando o terror atinge o ápice, ele é inesquecível: a cena de Annie batendo a cabeça violentamente na entrada do sótão é talvez uma das mais perturbadoras já feitas no gênero. Somada à atuação impecável de Toni Collette, que entrega uma performance visceral e carregada de dor, Hereditário deixa marcas profundas. É um filme que começa devagar, mas termina de forma devastadora, provando que o verdadeiro terror está no desconforto psicológico — e não apenas no sobrenatural.
- Ficha técnica
Título original: Hereditary
Ano: 2018
Direção e Roteiro: Ari Aster
Elenco principal:
Toni Collette (Annie Graham)
Alex Wolff (Peter Graham)
Milly Shapiro (Charlie Graham)
Gabriel Byrne (Steve Graham)
Gênero: Terror / Suspense psicológico
Duração: 127 minutos
País: Estados Unidos - Onde assistir
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