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‘Feliz Ano Velho’: O livro que se tornou a alma de ‘Ainda Estou Aqui’

 ‘Feliz Ano Velho’: O livro que se tornou a alma de ‘Ainda Estou Aqui’

Marcelo Rubens Paiva no Roda Viva

Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva, aparece em Ainda Estou Aqui não apenas como uma referência literária, mas como um eco direto da vida real e das cicatrizes de uma geração. O livro nasce de uma dor física e existencial, transformada em memória e narrativa, e no contexto do filme funciona quase como uma extensão da personagem — um objeto que carrega em si lembranças, luto e resistência.

Ao surgir na trama, o livro não está ali como simples detalhe, mas como lembrete de que a dor pode ser escrita, organizada e, de certa forma, eternizada. Ele simboliza a tentativa de dar sentido ao que parecia insuportável, e no filme isso ganha ainda mais força quando percebemos que as dores individuais e coletivas se entrelaçam. É um ponto de contato entre passado e presente, vida e memória, ferida e palavra.

Mais do que uma citação, Feliz Ano Velho é um vestígio da verdade que o filme carrega. Ele aparece como um testemunho paralelo, uma voz que reforça a ideia de que sobreviver não é apenas continuar existindo, mas contar, lembrar, registrar. O livro, no filme, é como um espelho: devolve à tela aquilo que já estava no corpo da personagem — a luta para permanecer.

Categoria: Detalhes
Título: Feliz Ano Velho
Autor: Marcelo Rubens Paiva
Gênero: Literatura Brasileira, Autoficção, Memórias, Testemunho
Ano da 1ª Publicação: 1982
Editora: Alfaguara
Páginas: aproximadamente 248

Onde comprar:
Livro físico: Amazon, Livraria Cultura, Livraria da Travessa, Estante Virtual
Livro digital: Kindle, Kobo, Google Play Livros e Storytel

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