BEC tem 29 ações trabalhistas que somam mais de R$ 1,7 milhão

Entre 2017 e 2019 o BEC (Barretos Esporte Clube) sofreu com o “boom” de processos na Justiça. Nesse período foram 24 novas ações, em sua maioria, foram sentenciados a revelia.  

O aumento de processos na Justiça do Trabalho chegou a 480%, saltando de cinco em 2016 para 29 em 2019. Os números foram retirados na Certidão Eletrônica de Ações Trabalhistas. 

O departamento jurídico do BEC tem trabalhado bastante neste começo de 2020, já que as dívidas trabalhistas que somam mais de R$ 1,7 milhão bloqueiam as verbas da FPF (Federação Paulista de Futebol) e patrocínios. O vice-presidente Raphael Dutra se reuniu em Campinas (SP) com a desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região no final de fevereiro. “Fomos buscar alternativas para o parcelamento e redução de multas e juros.” – afirmou. 

Ainda segundo o jurídico do clube, todos as ações que foram ingressadas até 2018 já foram sentenciadas e em sua maioria à revelia (ou seja, o réu não se defendeu), não tendo mais nenhuma chance de negociação. A revelia fez com que ações com valor de causa inicial de R$ 15.387,98 saltasse para R$ 181.093,11, por exemplo.

Chama a atenção que uma parcela dos processos trabalhistas foram combinados com danos morais contra o presidente Milton Aparecido da Silva na esfera cível.

A ação com maior valor de causa é movida pelo atleta Luiz Ricardo Gonçalves Evangelista, o “Maranhão” de R$ 211.257,30. O ingresso ocorreu em 2019 e a audiência estava marcada para 7 de maio deste ano. Na sequência, tem uma ação de R$ 75.495,51 movida por Wesley Barbosa de Morais; outra de Rafael Martins da Silva de R$ 67.946,00; Leonardo Dantas de Lima de R$ 56.621,66; e também, de Cleber Rodrigo Alves no valor de R$ 52.842,18. Ambas foram ingressadas em 2017. 

Destaque também para negociações que não foram cumpridas como a ação no qual Rodrigo Augusto Sabiá é autor e recebeu quatro das sete parcelas.