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Importação da borracha desafia produtores da região
Barretos está entre as principais regiões com plantio de seringueiras do Brasil, sendo a segunda maior produtora de borracha do Estado de São Paulo, que corresponde a 56% da produção nacional, segundo o Ministério da Agricultura. Para o produtor Paulo Fernando de Brito, a seringueira é um bom negócio e tem futuro promissor, apesar de estarmos num momento ruim.
“A seringueira depende muito do crescimento do país, porque o principal destino da borracha é a fabricação de pneu. Então, se vende menos automóveis, consequentemente compra-se menos borracha e se paga menos ao produtor.” – destaca Brito. Outra grande dificuldade que o produtor enfrenta é a importação de borracha natural de países do sudeste asiático como Malásia, Indonésia, Tailândia e Vietnã. “O baixo custo salarial destes países se juntam à falta de preocupação ambiental e social.” O Brasil produz apenas um terço da demanda.
A média do quilo do coágulo retirado das árvores é atualmente R$ 2,20 e chegou a R$ 4,20 há nove anos. O látex brasileiro tem 12% de taxação com ICMS, enquanto a borracha asiática tem imposto de 4%.
Segundo Brito, Barretos tem pelo menos 1,6 milhão de pés de seringueira e na região administrativa são quase 7 milhões. O Estado de São Paulo produz em torno de 200 mil toneladas de coágulo. A região possui usinas de beneficiamento de borracha em Colina e Olímpia.
Fonte: Igor Sorente e Aquino José/ Seven Press