Hospital de Amor retoma atividades após afastar grupo de risco

 Hospital de Amor retoma atividades após afastar grupo de risco

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) suspendeu nesta terça-feira (21), o mandado de segurança que afastou 400 profissionais de saúde do Hospital do Amor.

Funcionários que pertencem ao grupo de risco da Covid-19, mesmo sem sintomas, foram afastados após ação do Sindees (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Ribeirão Preto e Região), movida na sexta-feira (17).

Segundo a direção do hospital, enquanto a liminar estava valendo, muitos atendimentos deixaram de acontecer, como quimioterapia, radioterapia e exames oferecidos aos pacientes com câncer de todo o Brasil.

Entre todas as unidades de atendimento e prevenção, são 4.000 funcionários, sendo 1.500 somente da área da saúde.

O Hospital de Amor é referência em tratamento oncológico na América Latina.

Em coletiva para a imprensa, realizada nesta quarta-feira (22), Henrique Prata, diretor da entidade, disse que a instituição já segue há mais de um mês todas as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde). “Temos certeza absoluta da nossa responsabilidade com os nossos colaboradores, queremos deixar eles tranquilo quanto a isso. E também os pacientes, a maioria vem de fora, queremos que saibam que as portas vão continuar abertas e nós vamos continuar atendendo, porque o câncer é uma doença que se interrompermos alguns protocolos significa baixa na cura.” – disse.

“Nós temos todas as condições normais de continuar atendendo com segurança, tanto o paciente, quanto o colaborador, aliás, já estávamos atendendo com segurança, porque não tinha nada fora dos padrões.” – completou.

Ainda segundo a direção do hospital, com a proibição de eventos, shows e leilões presenciais, para evitar a aglomeração de pessoas e o contágio do coronavírus, a receita mensal de doações já tem uma queda de R$ 11 milhões. O déficit total é de R$ 25 milhões por mês.

“Fora isso, nós aumentamos a nossa despesa, porque tive que parar um hospital de 40 leitos e montar ele todo em UTI, para atender a demanda do estado. Nós usamos de todas as formas para atender com maior cuidado essa demanda da nossa região. Então, aumentamos o nosso custo e caímos bruscamente com a nossa receita.” – finalizou Prata.

Redação

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