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Reconstrução mamária garante autoestima para mulheres
Quem já passou por um câncer de mama sabe como é difícil ter que lidar com algumas mudanças na aparência provocada pela doença, mas é possível reverter o problema. O médico mastologista Idam de Oliveira Jr, especialista em reconstrução de mama do Hospital de Amor, aponta como o procedimento influencia na autoestima das mulheres e esclarece como ele é feito.
O câncer de mama é uma doença que mexe muito com a dignidade das mulheres, podendo desenvolver um quadro de depressão, principalmente quando é necessário passar pela mastectomia, procedimento médico que faz a remoção completa da mama. “A reconstrução da mama traz como benefício a recuperação da autoestima, fazendo as mulheres se sentirem mais femininas, diminuindo a visão de mutilação que tinham ao se olhar no espelho.” – destaca Idam. Historicamente, a mama além de ser um órgão materno é também da feminilidade. No entanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia a realidade da reconstrução mamária no Brasil é muito triste.
A reconstrução da mama é um procedimento físico e emocionalmente gratificante para uma mulher que perdeu a mama devido ao câncer ou a outra situação. De acordo com o médico mastologista, Idam de Oliveira Jr, especialista em reconstrução de mama do Hospital de Amor, em 90% dos casos é possível que a reconstrução seja feita na mesma cirurgia que a retirada das mamas. Porém “em alguns casos não podemos fazer isso como quando se tem necessidade de fazer radioterapia; ou quando retira uma grande quantidade de pele; ou o tumor está avançado.”
“A reconstrução da mama traz como benefício a recuperação da autoestima, fazendo as mulheres se sentirem mais femininas, diminuindo a visão de mutilação que tinham ao se olhar no espelho.” – destaca o médico. A mastectomia é a remoção completa da mama e se dá através de cirurgias reparadoras: a que preserva a pele, ou a pele e o mamilo; sendo utilizadas a prótese de silicone ou prótese expansora, bem como o músculo das costas ou a gordura do abdômen.
A reconstrução tardia se dá após o término do tratamento de quimio e radioterapia e acontece geralmente após um ano da cirurgia de mastectomia.
Lei e realidade
As cirurgias de reconstrução no Brasil são muito baixas. Levantamento da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) revela que em 2013, por exemplo, foram feitas 11.900 mastectomias e reconstruídas apenas 3400. A Lei 12.802/2013, obriga o SUS (Sistema Único de Saúde) a fazer a cirurgia plástica reparadora da mama logo em seguida à retirada do câncer. “A realidade da reconstrução mamária no Brasil é muito triste, tendo poucas reconstruções.” – aponta Idam.
A reportagem apurou que a falta de infraestrutura dos Estados demonstra que há muitas barreiras para acesso à reconstrução pós-mastectomia no Brasil. No entanto, Idam ressalta que no Hospital de Amor todas as pacientes mastectomizadas realizam a cirurgia de reconstrução imediata ou tardia.
Fonte: Igor Sorente/ Seven Press