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Prefeita Paula Lemos aborda crise de abastecimento de água e futuras soluções
Neste domingo (6), a prefeita de Barretos, Paula Lemos, concedeu uma entrevista à Rádio Jornal, abordando a delicada situação do abastecimento de água na cidade. Segundo Lemos, a tarifa atual cobrada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) – R$ 38 para 10 mil metros cúbicos – é insuficiente para viabilizar os investimentos necessários. Ela destacou que, enquanto a prefeitura tem realizado aportes financeiros, o próximo prefeito enfrentará desafios significativos, especialmente após a gestão de Guilherme Ávila ter negligenciado a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio das Pedras, que, embora não resolutiva, poderia ter amenizado a crise atual.
A prefeita enfatizou que a falta de chuvas – uma condição sem precedentes de seis meses – agravou a captação de água, mas assegurou que estão em andamento convênios de R$ 19 milhões para a construção de novos reservatórios. “Estamos estudando a reutilização da água do Pereira e considerando o resfriamento da água do UNIFEB”, explicou.
Lemos também relatou que, ao assumir a administração, encontrou o poço do San Diego pronto, mas sem encanamentos ou bombas, e que a prefeitura investiu na infraestrutura necessária. Ela defendeu a autonomia do SAAE, afirmando que a prefeitura não deve arcar continuamente com os custos operacionais.
“Transformamos o esgoto a céu aberto no Parque Eneas Carneiro, mas em apenas quatro anos não é possível sanar um problema que se arrasta há 30 anos”, afirmou. Sobre o Córrego Pitangueiras, Lemos ressaltou a importância de um planejamento cuidadoso do barramento e mencionou que o projeto já está em andamento, embora exija aprovação do governo estadual.
Por fim, a prefeita abordou a viabilidade de novos poços, apontando que cada um custa cerca de R$ 10 milhões e leva, em média, um ano para ser construído. Ela afirmou que o que traria estabilidade ao abastecimento seria a captação de água do Rio Pardo, com um custo estimado em R$ 100 milhões, uma solução que, segundo ela, deve ser priorizada. “É um investimento que precisamos considerar para garantir a tranquilidade no fornecimento de água à população”, concluiu.