Buracos no asfalto persistem como desafio crônico em Barretos
A ascensão patrimonial dos candidatos a prefeito de Barretos
A corrida eleitoral para a Prefeitura de Barretos esquenta, e junto dela, a análise dos patrimônios declarados pelos candidatos ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) torna-se foco de debate. A evolução dos bens dos concorrentes revela muito sobre suas trajetórias políticas e financeiras. Aqui, destrinchamos os números.
Raphael Oliveira
Raphael Oliveira (PP), atual candidato a prefeito, apresentou um crescimento expressivo em seus bens ao longo dos últimos 12 anos. Em 2012, quando concorreu pela primeira vez como vereador, seus bens somavam modestos R$ 31.978,30. Desde então, sua ascensão política foi acompanhada por um constante aumento patrimonial. Em 2016, como candidato à reeleição no legislativo municipal, seus bens saltaram para R$ 525.472,86.
Essa trajetória continua a crescer exponencialmente. Quando concorreu a deputado federal em 2018, seu patrimônio foi declarado em R$ 846.524,65, e em 2020, como candidato a vereador, atingiu R$ 1.126.943,12. Em 2022, novamente como candidato a deputado federal, seus bens subiram para R$ 1.427.626,64. Agora, em 2024, como candidato a prefeito, seus bens somam R$ 1.713.556,41. A evolução não deixa dúvidas sobre o crescimento financeiro paralelo à sua consolidação política.
Odair Silva
Odair Silva (REP), outro candidato a prefeito, apresenta um cenário diferente. Atualmente, seu patrimônio declarado é de R$ 621.619,79. Porém, o que chama atenção é a ausência de declaração de bens nas eleições de 2022, quando concorreu ao cargo de deputado estadual.
Emanoel Mariano Carvalho
Já o candidato Emanoel Mariano Carvalho (DC), que retorna à disputa pelo Executivo municipal, apresentou uma surpreendente redução em seus bens. Em 2008, quando concorreu pela primeira vez à Prefeitura, seus bens estavam avaliados em R$ 654.939,02. No entanto, em 2024, sua declaração caiu drasticamente para apenas R$ 68.635,00. Essa queda substancial desperta curiosidade e gera perguntas sobre os fatores que contribuíram para essa diminuição ao longo dos anos. Em 2004, quando também foi candidato a prefeito, ele não declarou bens.
Análise
Esses números trazem questões sobre a transparência, a gestão financeira e a relação dos candidatos com o poder. Em uma eleição em que o histórico dos candidatos é analisado com lupa, a evolução patrimonial pode servir tanto como um termômetro da carreira política quanto como uma lente para questionamentos sobre enriquecimento ou eventuais perdas financeiras.