Buracos no asfalto persistem como desafio crônico em Barretos
Raphael Oliveira fala sobre saúde e gestão em sabatina
O pré-candidato Raphael Oliveira (PP) foi o terceiro a ser entrevistado na Rádio Jornal de acordo com sorteio prévio e participou na quarta-feira (14). Ele expressou preocupação com a situação da atenção básica em Barretos, afirmando que o sistema atual está precário. “A atenção básica está precária em Barretos, nós sabemos disso. Eu percorro várias UBS, vários postinhos de saúde e sei da real necessidade das pessoas, de um tratamento mais digno, e hoje isso não acontece”, afirmou Oliveira.
Oliveira criticou o que ele considera um monopólio da saúde na cidade, defendendo a necessidade de que a saúde volte a ser responsabilidade do poder público. “A saúde sempre foi do barretense e hoje não é mais. Hoje o que existe na saúde de Barretos é um monopólio, e eu sou totalmente contra isso. Na minha concepção, a saúde deveria voltar para o poder público, para as pessoas, UBS, UPA e Santa Casa”, argumentou o pré-candidato.
Ele destacou a importância de ter médicos experientes na saúde municipal, criticando a demissão médicos nos últimos anos. “Nós precisamos de uma saúde que esteja junto com as pessoas, junto com os servidores”, disse Oliveira, enfatizando que os servidores da saúde merecem mais reconhecimento e melhores salários. Ele mencionou especificamente os Agentes Comunitários de Saúde e o Controle de Vetores, que, segundo ele, recebem salários muito baixos em comparação com o trabalho que realizam.
Oliveira também criticou a falta de gestão na saúde de Barretos, apontando que o orçamento da saúde é de R$ 250 milhões, mas que o problema principal é a má administração dos recursos. “O nosso grande problema é a falta de gestão. Passa prefeito e sai prefeito, passa prefeita e sai prefeita, e não muda. O gestor da saúde não tem conhecimento técnico da área, e isso é inadmissível”, afirmou.
Sobre a UPA de Barretos, que tem sido alvo de polêmicas em relação à terceirização, Oliveira enfatizou que a UPA pertence ao povo e que deve ser administrada pelo setor público. Ele criticou a superlotação da UPA, explicando que isso ocorre porque os postos de saúde nos bairros têm horários limitados de atendimento. “A UPA é das pessoas, a UPA é de Barretos, a UPA é dos servidores que lá atuam. O grande problema é que, se você vai no postinho no bairro e não é atendido após um certo horário, você acaba sobrecarregando a UPA”, explicou Oliveira.
Ele propôs a criação de setores estratégicos em Barretos com estrutura similar à da UPA, que possam atender a população, inclusive na zona rural, 24 horas por dia. “É inadmissível que as pessoas da zona rural tenham que sair de lá e ir para a cidade para ser atendidas. Precisamos de algo que atenda essas pessoas 24 horas por dia”, destacou o pré-candidato.
Oliveira também falou sobre a necessidade de informatização dos sistemas de saúde em Barretos, propondo que consultas possam ser agendadas por meio de aplicativos de celular. Ele também mencionou a implementação de telemedicina como uma solução para agilizar o atendimento médico. “Eu quero marcar uma consulta sem ter que ir ao postinho. Pelo celular, pelo aplicativo, eu conseguiria marcar uma consulta, muito mais prático e fácil. Quero ser atendido por um médico sem precisar ir à UPA, posso fazer o atendimento online. Isso se chama telemedicina, e é algo que pode ser feito via celular”, explicou Raphael, reforçando que toda a cidade de Barretos deveria ser informatizada para melhorar a eficiência dos serviços públicos.