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Ex-servidor público quebra o silêncio e revela detalhes chocantes sobre a ‘Máfia dos Holerites’ em Barretos
Alberto Cipriano, ex-servidor público municipal recentemente exonerado, quebrou o silêncio em uma entrevista exclusiva à Rádio Jornal FM 88.7, durante o programa “Jornal de opinião”, realizado na última segunda-feira (4). Durante a entrevista, ele revelou detalhes sobre sua participação no polêmico caso denominado “Máfia dos Holerites”. O escândalo resultou em afastamentos e exonerações na Prefeitura Municipal de Barretos.
Alberto, visivelmente emocionado, relata que seu envolvimento no caso se divide em duas partes cruciais, a primeira envolvendo a carência de recursos na prefeitura e entre um dos problemas apontados está a manutenção do velório municipal. “Diversos serviços tinham que ser realizados no velório, mas não tínhamos crédito. Em uma reunião com a secretaria da administração, apresentei três orçamentos ao prefeito, buscando soluções para o problema.” – explica.
Nesse momento, Alberto aponta que uma empresa exigiu o montante de R$ 75 mil para realizar a pavimentação do velório. Contudo, em uma atitude de economia, ele disse para a secretária, que ele realizaria o serviço pessoalmente, a um custo de R$ 20 mil, incluindo outros reparos necessários, portanto, a prefeitura arcaria com os gastos dos materiais. “Tudo que afirmo está devidamente comprovado com notas fiscais.” – enfatiza.
O ex-servidor conta que a autorização para realizar o trabalho veio da secretaria da administração, garantindo o pagamento à vista nos materiais que seria necessário para a execução do trabalho.
Revelando um intricado esquema financeiro, Alberto detalha que nenhum prestador de serviços queria trabalhar para a prefeitura de Barretos naquele período, devido à falta de crédito. Foi proposto para ele fazer a ele ressalta que, ao invés da prefeitura comprar os materiais, os valores para as compras dos materiais, iriam ser depositados em sua conta. Ele fala que os valores que foram depositados em sua conta, eram apenas abaixo de R$ 8 mil, para aquisição de materiais. No entanto, ele se recorda de questionar a diretora de administração sobre possíveis problemas futuros, e ela alegou que estava agindo sob autorização direta do prefeito da época.
A reviravolta ocorreu quando o esquema foi descoberto. Alberto relata que os holerites no portal do servidor desapareceram por três meses, e quando reapareceram, foram manipulados. “Os valores que estavam sendo depositados para a compra dos materiais foram retirados, e agora a justiça alega que devo R$ 78 mil.” – desabafa.
Indignado, Alberto afirma que desconhecia a participação de outras pessoas no esquema e revela que alguns funcionários, acusados injustamente, tentaram tirar a própria vida. Ele contou que visitou casas de colegas, que foram enganados também e inocentemente caíram no esquema da prefeitura e que eles estariam tentando se suicidar. Ele conta que ele mesmo já encontrou na cada um ex-funcionário, cordas prontas para suicídio, porém impediu essa tragédia.
O ex-servidor alega não ter mais contato com o ex-prefeito, a secretária e a diretora após a exposição do caso. Critica a CPI, acusando-a de ser fraudulenta e direcionada para eximir o ex-prefeito de responsabilidades.
Em uma conclusão, Alberto Cipriano se coloca à disposição para provar sua inocência a todos que o questionarem e finaliza dizendo para o ex-prefeito dizer a verdade.