CPIs também devem ser feitas nos Estados e municípios para investigar irregularidades

 CPIs também devem ser feitas nos Estados e municípios para investigar irregularidades

Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária semipresencial.

O Senado aprovou a CPI da Pandemia, que certamente atrairá as atenções do país durante várias semanas para investigar o governo federal e os repasses feitos a estados e municípios para o combate da Covid-19. Saíram dos cofres federais mais de R$ 700 bilhões para esta finalidade. “Uma investigação é necessária sim. É preciso esclarecer se houve ou não desvios de finalidade. Porém, isso vale não somente para a área federal. Defendo que deputados estaduais e assembleias legislativas de cada estado e cidade também precisam agir para saber o destino dos recursos para a crise sanitária.” – explica Antonio Tuccilio, presidente da CNSP (Confederação Nacional dos Servidores Públicos).
Há várias suspeitas para justificar a investigação em todos os níveis do Legislativo. Em abril, o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, sofreu impeachment e perdeu o cargo após acusações de fraudes na saúde durante a pandemia. Outros estados e centenas de municípios já apresentaram problemas com contratos de compras de equipamentos, como EPIs e respiradores, e também dúvidas relacionadas aos hospitais de campanha. “Só em São Paulo foram abertos seis hospitais de campanha no ano passado, todos de uma vez. Em seguida, foram fechados e nunca mais abriram, nem mesmo no momento mais crítico da crise. Não sou especialista em saúde, mas como cidadão quero saber o motivo desse abre-fecha e, mais, o custo desse investimento para o município.” – aponta Tuccilio.
O presidente da CNSP entende que os deputados estaduais e vereadores precisam ter coragem e também abrir CPIs para investigar possíveis irregularidades, que não ocorrem somente em nível federal. “É importante também que não seja apenas um movimento político, de caça às bruxas. Todas as instâncias precisam ser envolvidas e todas as dúvidas devem ser esclarecidas.” – pede o dirigente.

Redação

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