Para Uebe, a situação do município está mexendo com a pressão arterial do povo

 Para Uebe, a situação do município está mexendo com a pressão arterial do povo

“O país respira a retomada do crescimento, mas quem vai investir em Barretos com este quadro que estamos atravessando?” A frase é de Uebe Rezeck que foi dita durante seu programa semanal neste sábado (2) na Rádio Jornal mencionando o escândalo dos holerites. Segundo o ex-prefeito, os empresários investem onde dá retorno. “Quando se tem investimentos, há geração de empregos, rendas e recursos.” – destaca.

Para Uebe, o escândalo dos holerites vai levando medo aos investidores. Revela que a Havan estava prestes para vir para Barretos, mas recuaram. “Dias destes, fiquei admirando as obras do Atacadão. O empresário, diante disso tudo pode desacelerar a velocidade da obra para aguardar o resultado das investigações.” – relata. Para ele, a situação do município está mexendo com a pressão arterial. 

Lembra quando um grupo cearense adquiriu o shopping quase falido. Fizeram um acordo com a prefeitura de incentivo fiscal enviando uma lei para a Câmara Municipal que aprovou, pois estavam investindo na cidade e gerando empregos. “O shopping e outras duas empresas foram agraciadas. Mas em Barretos é difícil trabalhar.” Quando começou a construir o Centro de Radiologia no Hospital São Jorge há dez anos, a lei já estava em vigor e foi pedido o incentivo e até hoje não foi aprovado. “Já me pediram para refazer os papéis várias vezes por conta de perda de documentação. Como se pode confiar numa administração destas? Como se pode pensar no empresário conhecendo uma história destas? A gente vai vendo o marasmo, a frieza e a falta de interesse.” – afirma.

 

Troca de secretários

“A administração está à deriva e faltam cabeças pensantes.” Reclama da falta de posicionamento do prefeito Guilherme Ávila (PSDB) que se manifestou em três oportunidades com o desejo de trocar o secretariado. “Falou em novembro, depois em dezembro e nesta semana durante reunião na ACIB. Daqui a pouco estamos no Carnaval de março. A pergunta é quando? O que se pretende? Como vamos sair deste imbróglio? Se nós não tomarmos as medidas efetivas rapidamente, não chegaremos a lugar algum.” – indaga ele.  

Continua, dizendo que no mês de janeiro, entraram nos cofres da prefeitura mais de R$ 35 milhões e não foram feitos investimentos. “Chamo de investimentos a construção de uma creche, a melhoria de um CEMEP. Mas pelo contrário, passamos o mês lamentando o afastamento de funcionários e a paralisação de serviços.”

Igor Sorente

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