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Homem morre soterrado enquanto trabalhava em obra da Prefeitura de Barretos
Prefeitura não sabe informar se fiscalizou execução das obras, se trabalhadores eram capacitados e se faziam uso de EPIs.
Um homem de 57 anos morreu vítima de soterramento, na manhã desta terça-feira (6) quando trabalhava na construção de galeria pluvial na rua Ali Salim Ubaiz no Distrito Industrial II em Barretos.
De acordo com informações extraoficiais, quatro trabalhadores de uma empresa terceirizada estavam na obra, quando a terra cedeu deixando um deles preso com a terra até a cintura. A vítima foi tentar ajudar o colega, e acabou sendo atingido por um desmoronamento do barranco ficando soterrado.
“Nós fomos acionados para uma ocorrência de soterramento, encontramos uma pessoa já fora da cena sem nenhuma lesão, e outra pessoa soterrada, infelizmente sem sinais de vida, já em óbito. Solicitamos apoio da equipe do Corpo de Bombeiros para poder fazer a retirada do corpo.” – informou o médico Guilherme Spina da Rocha, do SAMU.
O tenente Frank Fernando Andrade comandou o trabalho das equipes do Corpo de Bombeiros, e disse que o resgate do corpo, levou pelo menos uma hora e meia e precisou ser realizado com muito cuidado, pois o local apresentava bastante instabilidade.
“Ela estava bastante soterrada haviam pedras pesadas e inicialmente a gente precisou quebrar essas pedras, para conseguir fazer a retirada dele. Em torno de 8 homens trabalharam e conseguimos retirar essa vítima. Ele estava numa profundidade de três metros, é uma profundidade considerável, e aumentava bastante o risco devido a quantidade de massa que pode descer, caso a parede dessa vala volte a deslizar.” – relata o tenente Frank.
O que diz a prefeitura
A operação pertence a Secretaria Municipal de Obras e é executada pela empresa Top Pav Engenharia Eireli. A assessoria de imprensa não soube dizer se a Prefeitura de Barretos realizou a fiscalização da obra, da empresa e muito menos se é executada corretamente. Também não sabe se os trabalhadores usavam EPI (equipamentos de proteção individual).
O que diz o sindicato
O Siticom (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria, Construção e do Mobiliário de Barretos e Região), presidido por Dediê José dos Santos, o “Neno Cocada” foi questionado se tem fiscalizado as obras, se tem feito orientações de direitos e deveres aos trabalhadores, se tem fiscalizado o registro em carteira e também se a obra que vitimou o trabalhador se possuía profissionais capacitados para executar, mas até o momento não respondeu para a redação.