Intolerância religiosa é tema de palestra

 Intolerância religiosa é tema de palestra

Mãe Sílvia de Xangô – Foto: Aquino José

Quando for ofendido e agredido por causa de sua crença religiosa, o adepto da religião de matriz africana deve se posicionar e colocar publicamente a ofensa. É preciso não ter vergonha de dizer que segue religião de matriz africana e foi ofendido no seu direito, sustentou Mãe Silvia de Xangô.

A umbandista lembrou que o estatuto de igualdade racial trata do direito de liberdade de consciência, de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos. O racismo ou ódio fere o povo negro na sua dignidade, causando danos a sua saúde mental e integridade física, salientou.

Mãe Sílvia de Xangô citou lei de autoria de deputada Leci Brandão (PCdoB), que pune administrativamente no estado de São Paulo, empresas e pessoas que praticam discriminação religiosa. Observou que há muitas notícias falsas sobre práticas religiosas de matriz africana, principalmente sobre a liturgia no candomblé.

Ela ressaltou que os terreiros precisam manter os portões fechados, trancados, como se estivessem numa prisão. Há medo por causa de ataques e vandalismo. “Estamos adoecendo com a intolerância religiosa”, disse.  Lembrou que o site da Secretaria de Justiça e Cidadania recebe denúncias sobre a intolerância religiosa.

Mãe Sílvia de Xangô veio de Araraquara/SP, e palestrou na noite de quarta-feira (9), na Câmara Municipal de Barretos, na sessão solene sobre o mês da consciência negra.

Aquino José

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