MP apura sucateamento das delegacias em SP

 MP apura sucateamento das delegacias em SP

O Ministério Público anunciou uma apuração sobre as condições estruturais das delegacias de Polícia Civil do Estado de São Paulo e o impacto do sucateamento das unidades nas investigações. A apuração está baseada na fiscalização que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) fez nas 275 delegacias do Estado durante o mês de maio. Na ocasião, os fiscais constataram que 60% das unidades não têm o espaço físico conservado e que 60% delas apresentam fissuras, goteiras e infiltrações, além de cupim.

A situação constatada pelos fiscais do TCE é a mesma que vem sendo relatada já há muito tempo pelo SINDPESP (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), que vem visitando as delegacias da capital e do interior para avaliar as condições de trabalho e a estrutura física. “O SINDPESP espera que esta apuração represente o pontapé inicial de uma série de mudanças que são necessárias para garantir que a Policia Civil de São Paulo tenha as mínimas condições para trabalhar em segurança, oferecer um atendimento de qualidade à população e desempenhar com excelência o seu papel de Polícia Judiciária.” – afirma a presidente do SINDPESP, Raquel Kobashi Gallinati.

O promotor que cuida do caso afirmou, em entrevista à imprensa, que solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Estado uma relação dos funcionários exonerados dos últimos dez anos, indicação dos concursos realizados e a apresentação dos alvarás de funcionamento dos prédios.

O SINDPESP avalia de forma positiva a apuração iniciada pelo MP e ressalta a necessidade de, além de reparar a estrutura, recompor o quadro da Polícia Civil, que apresenta hoje um deficit de 33%, de equipar os policiais com armas mais modernas e de comprar coletes balísticos, que estão em falta. “Além de reforma nas unidades, é preciso contratar profissionais e suprir o deficit que vem causando tantos prejuízos para os policiais e para a sociedade. O Sindicato vem atuando de forma incansável para denunciar essa situação e fica aliviado em saber que os órgãos fiscalizadores, como o TCE e o MP, estão empenhados em ajudar a Polícia Civil.” – finaliza Raquel.

Redação

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