Internação compulsória é um fracasso, diz defensor público

 Internação compulsória é um fracasso, diz defensor público

”Apostar na política de enfrentamento às drogas, com internação compulsória, é um fracasso total.” – afirmou o defensor público Gustavo Samuel da Silva Santos. Ele participou do Fórum de Debates Sobre Drogas, realizado na noite de terça-feira (25), na Câmara Municipal de Barretos.

A internação é uma violência extrema, no mesmo nível do tratamento quimioterápico para combater o câncer, exemplificou o defensor público. Salientou que a pessoa vai ficar extremamente vulnerabilizada para na teoria, se curar. A internação não pode ser a primeira alternativa, frisou.

Gustavo Samuel da Silva Santos disse que a internação, em especial, a involuntária e compulsória, tem uma taxa de cerca de 90% de fracasso, segundo os últimos artigos que ele leu sobre o assunto. Sustentou que a literatura que ele estuda para fundamentar alguns pedidos jurídicos, traz esses dados.

A Defensoria Pública é um local que a pessoa tem que procurar quando há violação de direitos em massa, quando se trata de enfrentamento a droga, destacou Gustavo Samuel da Silva Santos. Lembrou que a Defensoria e o Juiz não podem definir qual é o melhor tratamento médico. Destacou que a internação é um procedimento demorado e geralmente ineficaz.

O defensor lembrou que o uso de drogas é constante, tem mercado. “É preciso regulamentar isso aí.” – disse. Ele sugeriu a aplicação de uma política de redução de danos visando minimizar danos sociais e à saúde associados ao uso de substâncias psicoativas.

Gustavo Samuel da Silva Santos ressaltou que tolher a liberdade, através da criminalização, geralmente dá errado. Lembrou que nunca é preciso esquecer que usuário e traficante, são pessoas humanas.

Texto: Aquino José/ Seven Press

Redação

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